Mostrando postagens com marcador Papa Francisco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Papa Francisco. Mostrar todas as postagens

Papa Francisco envia 250 mil euros para a Igreja no Líbano

 

O Santo Padre enviou através do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral uma primeira ajuda de 250.000 euros ( aproximadamente um milhão seiscentos  três mil reais) em apoio às necessidades da Igreja libanesa nestes momentos de dificuldade e sofrimento. Este dom pretende ser um sinal da preocupação de Sua Santidade para com a população afetada pela explosão no porto de Beirute, significando Sua paterna proximidade para com aqueles que estão sofrendo e se encontram em dificuldades.

A ajuda foi enviada através da Nunciatura Apostólica em Beirute e será usada para auxiliar as pessoas afetadas pela terrível explosão, que causou várias mortes e milhares de feridos e desalojados, destruindo ao mesmo tempo edifícios, igrejas, mosteiros, instalações civis e de saúde. Diante das necessidades urgentes, uma imediata resposta de socorro foi dada pelas estruturas católicas, através de centros de acolhimento para pessoas deslocadas, junto com a ação da Cáritas Líbano, Cáritas Internationalis e várias Cáritas irmãs.

Todos nos unimos ao convite do Papa Francisco, expresso durante a Audiência geral de 5 de agosto passado, assim que ele tomou conhecimento dos fatos: "rezamos pelas vítimas e suas famílias; e rezamos pelo Líbano, para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais, políticos e religiosos, possa enfrentar este momento tão trágico e doloroso e, com a ajuda da comunidade internacional, superar a grave crise que está atravessando".

Líbano: explosões no centro de Beirute, 100 mortos e 4.000 feridos

A capital do Líbano, Beirute, foi sacudida na tarde desta terça-feira (04/08) por duas violentas explosões área do porto da cidade, que provocaram pelos menos 100 mortos e cerca de 4 mil feridos. Pânico nas ruas de Beirute, com a destruição de edifícios.

As explosões, que também foram sentidas em Chipre a mais de 200 quilômetros de distância, provocaram pelo menos 100 mortos e 4.000 feridos. O balanço, ainda provisório, foi fornecido pela Cruz Vermelha Libanesa. As equipes de resgate estão trabalhando para remover os corpos dos escombros. O Ministro da Saúde libanês pediu a todos os médicos e pessoal sanitário que fossem aos hospitais da capital para ajudar os feridos. A embaixada dos Estados Unidos em Beirute solicitou aos que se encontram na área de explosão que "fiquem dentro de casa e usem máscaras, se disponíveis", pois há relatos de gases tóxicos. A Cruz Vermelha Libanesa relatou um grande número de pessoas sepultas sob os escombros e presas em suas casas. Centenas de edifícios foram danificados, incluindo o Palácio Baabda, a residência do Presidente e várias embaixadas, como as da Rússia e do Cazaquistão. O cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, escreveu no twitter: Nossa Senhora de Harissa, Rainha do Líbano, reze pelo povo libanês! Que o Senhor lhes conceda justiça e paz!

Um país em luto


A provocar as explosões que devastaram Beirute foi um incêndio em um depósito no porto onde 2.750 toneladas de nitrato de amônio, apreendidas há vários anos de um navio, estavam armazenadas. Foi o que disse o presidente libanês, Michel Aoun, citado pela BBC após uma reunião de emergência do Conselho Superior de Defesa. Mas as causas não estão totalmente claras. Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, não descarta outras possibilidades. "Os líderes militares dos EUA", disse ele, "acham que a explosão em Beirute foi um ataque, uma bomba de algum tipo". Israel e o Hezbollah excluem qualquer envolvimento nas explosões. O presidente israelense, Reuven Rivlin, declarou que Israel compartilha "a dor do povo libanês e oferece sinceramente sua ajuda neste momento difícil". As deflagrações abalaram o porto de Beirute enquanto o Líbano atravessa uma das mais graves crises econômicas e financeiras dos últimos anos. O veredicto do Tribunal de Haia sobre o assassinato do ex-Primeiro Ministro libanês Rafiq Hariri é esperado para esta sexta-feira. O dia 5 de agosto, disse o primeiro-ministro libanês Hassan Diab, é um dia de luto nacional. "Lanço um apelo urgente a todos os países irmãos que amam o Líbano", disse o primeiro-ministro Diab, "a estar ao seu lado e nos ajudar a curar nossas feridas profundas".



Fonte: Vatican News



03 DICAS DO PAPA FRANCISCO PARA MANTER O AMOR NO MATRIMÔNIO



"A IGREJA PRECISA DE MULHERES CORAJOSAS" DIZ PAPA FRANCISCO

Como mudar o mundo? Com o serviço e saindo ao encontro de outros como a Virgem Maria fez e como fazem muitas mulheres na Igreja, assinalou o Papa Francisco na Missamatutina na Casa Santa Marta.
O Pontífice dedicou sua reflexão desta terça-feira à Virgem, no dia em que se encerra o mês mariano.
Francisco comentou o Evangelho do dia, que narra a visita de Maria à Santa Isabel, uma liturgia “cheia de alegria” e chega como “um vento novo” que preenche nossas vidas”.
Por isso, não duvidou em alertar contra os cristãos tristes: “É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio... Não são plenamente cristãos. Acreditam que são, mas não o são totalmente”.
“Esta é a mensagem cristã. E nesta atmosfera de alegria que a liturgia nos dá de presente, gostaria de ressaltar apenas duas coisas: primeiro, um comportamento; segundo, um fato. O comportamento é o serviço”.
O Papa destacou como Maria se dirigiu apressadamente para ver Isabel, embora estivesse grávida e ter apenas 16 ou 17 anos. “Era corajosa. Levanta-se e vai”, destacou. 
“Coragem de mulher. As mulheres corajosas que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas mulheres que levam avante a família, essas mulheres que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes.... Corajosas: levantam-se e servem, servem. O serviço é sinal cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver”.
O Papa continuou dizendo que se trata de um “serviço na alegria, esta é a atitude que gostaria de destacar hoje. Há alegria e também serviço. Sempre para servir”.
O segundo ponto sobre o qual o Papa se detém é o encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas mulheres se encontram e se encontram com alegria”, aquele momento é “só festa”.
Se “nós aprendêssemos isso, serviço e ir ao encontro dos outros, como o mundo mudaria”, expressou.
“O encontro é outro sinal cristão. Uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã”.
Francisco destacou que tanto o serviço como o encontro “requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra pessoa”.
“É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa do Senhor, se atua no presente”, concluiu o Papa.
Evangelho comentado pelo Papa:
Evangelho (Lc 1,39-56)
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! ” Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.
Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

Papa Francisco pede paz e diálogo aos brasileiros

Ao final da catequese desta quarta-feira, 11, o Papa Francisco fez uma saudação especial aos brasileiros, devido ao conturbado momento político do país:
“Ao saudar vocês, peregrinos brasileiros, o meu pensamento vai à sua amada nação. Nesses dias em que nos preparamos para Pentecostes, peço ao Senhor que derrame abundantemente os dons do Espírito Santo para que, nesses momentos de dificuldade, o país caminhe pelas sendas da harmonia e da paz com a ajuda da oração e do diálogo. Que a proximidade de Nossa Senhora Aparecida – que como uma boa mãe jamais abandona seus filhos – seja defesa e guia no caminho”, disse o Pontífice.
O Papa Francisco está informado e acompanha a situação política brasileira por meio dos bispos da CNBB. Ao final da Assembleia, realizada em Aparecida em abril, a entidade emitiu uma nota a respeito.
Na semana passada, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, teve a oportunidade de falar com o Santo Padre sobre o tema. Dom Orani pedira ao Papa que rezasse pelo Brasil. Em resposta, Francisco disse que reza sempre pelo nosso país.
O Senado brasileiro vota nesta quarta-feira o parecer pela admissibilidade do processo de impeachment que, se aprovado, afastará a Presidente Dilma Rousseff temporariamente por 180 dias.
Fonte: Canção nova notícias

13 conselhos do Papa Francisco em Amoris Laetitia para um bom matrimônio

O Papa Francisco usou o “hino da caridade” de São Paulo, em sua primeira Carta aos Coríntios, a fim de dar alguns conselhos sobre como sustentar um bom casamento durante os anos baseado no amor verdadeiro.
“Vale a pena deter-se a esclarecer o significado das expressões deste texto, tendo em vista uma aplicação à existência concreta de cada família”, explicou.
1. Paciência: Esta, escreveu Francisco, “não é deixar que nos maltratem permanentemente, nem tolerar agressões físicas, ou permitir que nos tratem como objetos”, mas “o amor tem sempre um sentido de profunda compaixão que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, também quando atua de um modo diferente ao qual eu desejaria”.    
“O problema surge quando exigimos que as relações sejam idílicas, ou que as pessoas sejam perfeitas, ou quando nos colocamos no centro e esperamos que se cumpra unicamente a nossa vontade. Então tudo nos impacienta, tudo nos leva a reagir com agressividade”, advertiu.
2. Atitude de serviço: O Papa destacou que em sua carta, São Paulo “quer insistir que o amor não é apenas um sentimento, mas deve ser entendido no sentido que o verbo ‘amar’ tem em hebraico: ‘fazer o bem’”.
“Como dizia Santo Inácio de Loyola, ‘o amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras’. Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade, permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de doar-se superabundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir”.
3. Curando a inveja: “No amor não há lugar para sentir desgosto pelo bem de outro”, sublinhou o Papa. Ao mesmo tempo, explicou que “a inveja é uma tristeza pelo bem alheio, demostrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar”.
O Santo Padre indicou que “o verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja. Aceita que cada um tenha dons distintos e caminhos diferentes na vida”.
4. Sem ser arrogante nem se orgulhar: Francisco destacou que “quem ama não só evita falar muito de si mesmo, mas, porque está centrado nos outros, sabe manter-se no seu lugar sem pretender estar no centro”.
“Alguns julgam-se grandes, porque sabem mais do que os outros, dedicando-se a impor-lhes exigências e a controlá-los; quando, na realidade, o que nos faz grandes é o amor que compreende, cuida, integra, está atento aos fracos”, disse.
5. Amabilidade: “Amar é também tornar-se amável”, precisou o Papa. E isto significa que “o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato.
Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos. Detesta fazer sofrer os outros”.
6. Desprendimento: Ao contrário da frase popular que diz que “para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo”, o Papa recordou que neste hino à caridade, São Paulo “afirma que o amor ‘não procura o seu próprio interesse’, ou ‘não procura o que é seu’”.
“Deve-se evitar de dar prioridade ao amor a si mesmo, como se fosse mais nobre do que o dom de si aos outros”.
7. Sem violência interior: O Papa encorajou na Amoris Laetitia a evitar “uma irritação recôndita que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos molestos a evitar”.
“O Evangelho convida a olhar primeiro a trave na própria vista”, acrescentou, para logo exortar: “Se tivermos de lutar contra um mal, façamo-lo; mas sempre digamos ‘não’ à violência interior”.
8. Perdão: Francisco recomendou não deixar lugar “ao ressentimento que se aninha no coração”, mas sim trabalhar em “um perdão fundado em uma atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e encontrar desculpas para a outra pessoa”.
O Papa assegurou que a comunhão familiar “só pode ser conservada e aperfeiçoada com grande espírito de sacrifício. Exige, de fato, de todos e de cada um, pronta e generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância, ao perdão, à reconciliação”.
9. Alegrar-se com os outros: “Quando uma pessoa que ama pode fazer algo de bom pelo outro, ou quando vê que a vida está a correr bem ao outro, vive isso com alegria e, assim, dá glória a Deus”, indicou o Santo Padre.
“A família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali se vão congratular com ela”.
10. Tudo desculpa: Isto, explicou o Papa, “implica limitar o juízo, conter a inclinação para se emitir uma condenação dura e implacável: ‘Não condeneis e não sereis condenados’ (Lc 6, 37)”.
“113.      Os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro, procuram mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. Em todo o caso, guardam silêncio para não danificar a sua imagem. Mas não é apenas um gesto externo, brota de uma atitude interior”.
11. Confia: “Não se trata apenas de não suspeitar que o outro esteja mentindo ou enganando”, explicou o Santo Padre.
“Não é necessário controlar o outro, seguir minuciosamente os seus passos, para evitar que fuja dos meus braços. O amor confia, deixa em liberdade, renuncia a controlar tudo, a possuir, a dominar”, disse.
12. Espera: Esta palavra, indicou o Papa, “indica a esperança de quem sabe que o outro pode mudar”.
“Não significa que, nesta vida, tudo vai mudar; implica aceitar que nem tudo aconteça como se deseja, mas talvez Deus escreva direito por linhas tortas e saiba tirar algum bem dos males que não se conseguem vencer nesta terra”, assinalou.
13. Tudo suporta: O Santo Padre assinalou que isto “não consiste apenas em tolerar algumas coisas molestas, mas é algo de mais amplo: uma resistência dinâmica e constante, capaz de superar qualquer desafio”.
“O amor não se deixa dominar pelo ressentimento, o desprezo das pessoas, o desejo de se lamentar ou vingar de alguma coisa. O ideal cristão, nomeadamente na família, é amor que apesar de tudo não desiste”.
Fonte: Acidigital

Papa Francisco pede libertação de Pe. Tom e de todos sequestrados em zonas de conflito

No final da Oração do Regina Coeli, no domingo, 10, o Papa Francisco renovou seu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito, de maneira especial o Pe. Tom Uzhunnalil, sequestrado em 4 de março pelos terroristas muçulmanos que atacaram o convento das Missionárias da Caridade em Áden (Iêmen).
“Na esperança a nós doada por Cristo ressuscitado, renovo o meu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito armado; em particular desejo recordar o sacerdote salesiano Tom Uzhunnalil, sequestrado em Áden, no Iêmen, no último dia 4 de março”, expressou o Pontífice ante os fiéis presentes na Praça de São Pedro.
Neste dia, os terroristas muçulmanos assassinaram quatro Missionárias da Caridade e outros doze voluntários. Segundo o testemunho da irmã Sally – única sobrevivente e Superiora da comunidade –, ao escutar os gritos do ataque, o Pe. Tom “consumiu todas as hóstias. Não teve tempo de consumir a hóstia que costuma permanecer na custódia, por isso a dissolveu na água”. Um vizinho do albergue, relatou a religiosa, viu os terroristas colocar o sacerdote em seu automóvel.
Desde então, o governo da Índia e autoridades da Igreja estão trabalhando pela libertação do Pe. Tom. Por isso, tanto a Congregação Salesiana como aqueles que intervêm em seu resgate pediram não difundir rumores sobre uma possível execução do sacerdote.
No dia 30 de março, o porta-voz da Inspetoria Salesiana da Índia em Bangalore, Pe. Mathew Valarkot, disse à Agência de Informações Salesiana que as difusões de rumores sem fundamento somente geram preocupação entre os irmãos e parentes do sacerdote.
Recordou que o Vigário Apostólico da Arábia do Sul, Dom Paul Hinder, “que é nossa primeira fonte de informação”, assinalou que possui fortes indicações de que o sacerdote segue vivo “e não há nenhuma razão para crer o contrário”.
Fonte: Acidigital

TEXTO COMPLETO: Mensagem Pascal do Papa e benção Urbi et Orbi 2016


O Papa Francisco presidiu na manhã de hoje a Missa da Páscoa de Ressurreição  na Praça de São Pedro. O Pontífice não pronunciou homilia posto que depois leria sua Mensagem Pascal junto à tradicional bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).
O Santo Padre manifestou: “Só Deus pode preencher com o seu amor esses vazios, esses abismos, e não permitir que submergimos, mas continuemos a caminhar juntos em direção à Terra da liberdade e da vida”.
O Pontífice mencionou alguns conflitos vividos atualmente: “O Senhor Jesus, nossa paz (Ef 2,14), que ressuscitando derrotou o mal e o pecado, possa favorecer, nesta festa de Páscoa, a nossa proximidade com as vítimas do terrorismo, forma de violência cega e brutal que continua a derramar sangue inocente em diversas partes do mundo, como aconteceu nos ataques recentes na Bélgica, Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque”.
“Com os nossos irmãos e irmãs que são perseguidos por causa da sua fé e por sua lealdade ao nome de Cristo e diante do mal que parece prevalecer na vida de tantas pessoas, ouçamos novamente as palavras consoladoras do Senhor: «Não tenhais medo! Eu venci o mundo!»”.
A seguir, confira o texto completo da Mensagem Pascal 2016:
Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!
Jesus Cristo, encarnação da misericórdia de Deus, por amor morreu na cruz e por amor ressuscitou. Por isso, proclamamos hoje: Jesus é o Senhor!
A sua Ressurreição realiza plenamente a profecia do Salmo: a misericórdia de Deus é eterna, o seu amor é para sempre, não morre jamais. Podemos confiar completamente N’Ele, e damos-Lhe graças porque por nós Ele desceu até ao fundo do abismo.
Diante dos abismos espirituais e morais da humanidade, diante dos vazios que se abrem nos corações e que provocam ódio e morte, somente uma infinita misericórdia pode nos dar a salvação. Só Deus pode preencher com o seu amor esses vazios, esses abismos, e não permitir que submergimos, mas continuemos a caminhar juntos em direção à Terra da liberdade e da vida.
O anúncio jubiloso da Páscoa: Jesus, o crucificado, não está aqui, ressuscitou (cf. Mt 28,5-6) oferece-nos a certeza consoladora de que o abismo da morte foi transposto e, com isso, foram derrotados o luto, o pranto e a dor (cf. Ap 21,4). O Senhor, que sofreu o abandono dos seus discípulos, o peso de uma condenação injusta e a vergonha de uma morte infame, faz-nos agora compartilhar a sua vida imortal, e nos oferece o seu olhar de ternura e compaixão para com os famintos e sedentos, com os estrangeiros e prisioneiros, com os marginalizados e descartados, com as vítimas de abuso e violência. O mundo está cheio de pessoas que sofrem no corpo e no espírito, ao passo que as crônicas diárias estão repletas de relatos de crimes brutais, que muitas vezes têm lugar dentro do lar, e de conflitos armados numa grande escala, que submetem populações inteiras a provas inimagináveis.
Cristo ressuscitado indica caminhos de esperança para a querida Síria, um País devastado por um longo conflito, com o seu cortejo triste de destruição, morte, de desprezo pelo direito humanitário e desintegração da convivência civil. Confiamos ao poder do Senhor ressuscitado as conversações em curso, de modo que, com a boa vontade e a cooperação de todos, seja possível colher os frutos da paz e dar início à construção de uma sociedade fraterna, que respeite a dignidade e os direitos de cada cidadão. A mensagem de vida proclamada pelo anjo junto da pedra rolada do sepulcro vença a dureza dos corações e promova um encontro fecundo entre povos e culturas nas outras regiões da bacia do Mediterrâneo e do Oriente Médio, particularmente no Iraque, Iêmen e na Líbia.
A imagem do homem novo, que resplandece no rosto de Cristo, favoreça a convivência entre israelenses e palestinos na Terra Santa, bem como a disponibilidade paciente e o esforço diário para trabalhar no sentido de construir as bases de uma paz justa e duradoura através de uma negociação direta e sincera. O Senhor da vida acompanhe também os esforços para alcançar uma solução definitiva para a guerra na Ucrânia, inspirando e apoiando igualmente as iniciativas de ajuda humanitária, entre as quais a libertação de pessoas detidas.
O Senhor Jesus, nossa paz (Ef 2,14), que ressuscitando derrotou o mal e o pecado, possa favorecer, nesta festa de Páscoa, a nossa proximidade com as vítimas do terrorismo, forma de violência cega e brutal que continua a derramar sangue inocente em diversas partes do mundo, como aconteceu nos ataques recentes na Bélgica, Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque; Possam frutificar os fermentos de esperança e as perspectivas de paz na África; penso de modo particular no Burundi, Moçambique, República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, marcados por tensões políticas e sociais.
Com as armas do amor, Deus derrotou o egoísmo e a morte; seu Filho Jesus é a porta da misericórdia aberta de par em par para todos. Que a sua mensagem pascal possa sempre se projetar mais sobre o povo venezuelano nas difíceis condições em que vive e sobre aqueles que detêm em suas mãos os destinos do País, para que se possa trabalhar em vista do bem comum, buscando espaços de diálogo e colaboração ente todos. Que por todos os lados possam ser tomadas medidas para promover a cultura do encontro, a justiça e o respeito mútuo, os quais só podem garantir o bem-estar espiritual e material dos cidadãos.
O Cristo ressuscitado, anúncio de vida para toda a humanidade, reverbera através dos séculos e nos convida não esquecer dos homens e mulheres na sua jornada em busca de um futuro melhor; grupos cada vez mais números de migrantes e refugiados – entre os quais muitas crianças – que fogem da guerra, da fome, da pobreza e da injustiça social. Esses nossos irmãos e irmãs, que nos seus caminhos encontram, com demasiada frequência, a morte ou, ao menos, a recusa dos que poderiam oferecer-lhes hospitalidade e ajuda. Que a próxima rodada da Cúpula Mundial Humanitária não deixe de colocar no centro a pessoa humana com a sua dignidade e possa desenvolver políticas capazes de ajudar e proteger as vítimas de conflitos e de outras situações de emergência, especialmente os mais vulneráveis e os que sofrem perseguição por motivos étnicos e religiosos.
Neste dia glorioso, «alegre-se a terra que em meio a tantas luzes resplandece» (cf. Proclamação da Páscoa), mas ainda assim tão abusada e vilipendiada por uma exploração ávida pelo lucro, o que altera o equilíbrio da natureza. Penso em particular nas regiões afetadas pelos efeitos das mudanças climáticas, que muitas vezes causam secas ou violentas inundações, resultando em crises alimentares em diferentes partes do planeta.
Com os nossos irmãos e irmãs que são perseguidos por causa da sua fé e por sua lealdade ao nome de Cristo e diante do mal que parece prevalecer na vida de tantas pessoas, ouçamos novamente as palavras consoladoras do Senhor: «Não tenhais medo! Eu venci o mundo!» (Jo 16,33). Hoje é o dia radiante desta vitória, porque Cristo calcou a morte e com a sua ressurreição fez resplandecer a vida e a imortalidade (cf. 2Tm 1,10). «Ele nos fez passar da escravidão à liberdade, da tristeza à alegria, do luto à festa, das trevas à luz, da escravidão à redenção. Por isso, proclamemos diante d’Ele: Aleluia!» (Melitão de Sardes, Homilia Pascal).
Para aqueles que em nossas sociedades perderam toda a esperança e alegria de viver, para os idosos oprimidos que na solidão sentem as suas forças esvaindo-se, para os jovens aos quais parece não existir o futuro, a todos eu dirijo mais uma vez as palavras do Ressuscitado: «Eis que faço novas todas as coisas… a quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante» (Ap 21,5-6). Esta mensagem consoladora de Jesus possa ajudar cada um de nós a recomeçar com mais coragem e esperança, para assim construirmos estradas de reconciliação com Deus e com os irmãos. 
Fonte: acidigital

o pecado não pode frear o amor de Deus

A última Audiência Geral antes daSemana Santa foi dedicada à resposta de Deus ao sofrimento do homem. O Papa Francisco ofereceu uma Catequese na qual assegurou que Cristo libertou todos os homens da escravidão do pecado, um fato que será celebrado na Páscoa.
“O verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz após a escuridão da crise de fé, acontece na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que doa alegria, paz e vida eterna”.
O Santo Padre disse que “o Senhor é fiel, não abandona à desolação”. “Deus ama com um amor sem limites, que tampouco o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e de consolação”.
Este “é o grande anúncio de consolação: Deus não está ausente, nem mesmo hoje, nessas situações dramáticas, Deus está perto, e faz grandes obras de salvação para aqueles que confiam nele”.
“Não se deve ceder ao desespero, mas sim continuar seguros de que o bem vence o mal e que o Senhor secará todas as lágrimas e nos libertará de todos os temores”. 
Francisco comentou o Livro de Jeremias que fala de consolação. “Jeremias dirige-se aos israelitas exilados em terra estrangeira para pré-anunciar o retorno à pátria. Este retorno é um sinal do infinito amor de Deus que não abandona os seus filhos, mas cuida deles e os salva”.
“O exílio foi uma experiência devastadora para Israel. A fé havia vacilado porque em terra estrangeira, sem templo, sem culto, depois de ter visto o país destruído, era difícil continuar a creditar na bondade do Senhor”.
 O Papa falou então da vizinha Albânia e, “como depois de tanta perseguição e destruição, o País conseguiu reerguer-se na dignidade e na fé, assim como também sofreram os israelitas no exílio”.
Francisco alertou que “também nós podemos viver um tipo de exílio quando a solidão, o sofrimento, a morte nos fazem pensar que fomos abandonados por Deus”.
"Quantas vezes ouvimos essa palavra: Deus se esqueceu de mim. Tantas vezes: pessoas que sofrem e que se sentem abandonadas”.
E assim, “quantos de nossos irmãos estão vivendo neste momento uma real e dramática situação de exílio, longes de suas pátrias, com o olhar marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração cheio de medo e a dor da perda dos entes queridos”.
“Nesses casos, alguém pode perguntar: ‘Onde está Deus?’, Como é possível que tanto sofrimento possa acontecer a homens, mulheres, crianças inocentes? Quando buscam entrar em algum lugar, veem como lhes fecham as portas”, disse o Santo Padre em referência aos milhares de refugiados que encontram fechadas as fronteiras de muitos países europeus e que não lhes permitem entrar.
O Papa recordou que “o profeta Jeremias nos dá uma primeira resposta”. “As pessoas exiladas poderão retornar a ver suas terras e experimentar a misericórdia do Senhor”.
Em seguida, Francisco explicou como o povo de Israel retornou à sua terra, que agora se mostra viva e vigorosa. “Israel, de volta à pátria de seu Senhor, assiste a vitória da vida sobre a morte e a bênção sobre a maldição”.
“E assim, o povo é fortalecido e consolado por Deus”, assegurou. “Este é o dom que o Senhor quer fazer também com cada um de nós, com seu perdão que converte e reconcilia”.
Ao final da Audiência Geral, o Santo Padre dirigiu “uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, especialmente aos grupos vindos do Brasil e às diversas comunidades escolares de Portugal”.
“Queridos amigos, desejo-vos que nada e ninguém possa impedir-vos de viver e crescer na amizade de Deus Pai; mas deixai que o seu amor sempre vos regenere como filhos e vos reconcilie com Ele, com vós mesmos e com os irmãos. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos”, concluiu.
Fonte: acidigital

Madre Tereza de Calcutá será canonizada em Setembro

O Vaticano anunciou hoje a data de canonização da Madre Teresa de Calcutá, fundadora da congregação das Missionárias da Caridade. Será no próximo dia 4 de setembro, em Roma. O anúncio foi comunicado pela Santa Sé depois da celebração do consistório público para a canonização de cinco beatos: José Sánchez del Rio (México); Padre Brochero (Argentina); Elizabeth Hesselblad (Suécia); Estanislau de Jesus e Maria (Polônia).
A canonização da religiosa, conhecida também como “Santa dos pobres”, será um dos eventos mais destacados durante o Jubileu da Misericórdia. Segundo o calendário, no dia 4 de setembro de 2016 irá acontecer o “Jubileu dos voluntários e operadores da misericórdia”, precisamente em memória da Madre Teresa cuja festa é celebrada em 5 de setembro, dia no qual faleceu em 1997.
No último dia 18 de dezembro, o Vaticano anunciou a aprovação do milagre atribuído à Madre Teresa, a cura de um homem brasileiro que sofria de abscessos cerebrais.
Em entrevista ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro, onde mora atualmente, o miraculado expressou ter ficado “muito emocionado por conta de o meu caso ter validado a canonização de Madre Teresa, depois de tantos casos que eles estavam analisando e viram que o meu era o mais válido e com fatos mais contundentes”.
“Estou muito feliz pela canonização de Madre Teresa, e acho que precisa ser mostrado para o mundo a grande santa que ela foi, e agora como santa mesmo”, expressou o brasileiro.
vida da Madre Teresa Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 26 de agosto 1910, em Skopje, atual Macedônia. Era a mais nova de três filhos, assistiu a um grupo de jovens dirigido por um sacerdote jesuíta que a fez considerar uma vocação de serviço como religiosa missionária.
Uniu-se às Irmãs de Loreto aos 17 anos e foi enviada a Calcutá, onde ensinou em um colégio de ensino médio. Depois de ficar doente com tuberculose, foi enviada a descansar em Darjeeling e, em meio a essa doença, descobriu “uma ordem” de Deus para deixar o convento e viver entre os pobres.
O Vaticano lhe concedeu permissão para sair das Irmãs de Loreto e viver seu novo chamado, sob a direção do Arcebispo de Calcutá.
A Madre Teresa começou a trabalhar nos bairros pobres, ensinava as crianças e assistia os doentes em seus lares. Um ano mais tarde, alguns de suas ex-alunas se uniram a ela e juntos cuidaram de homens, mulheres e crianças que agonizavam nas ruas.
Em 1950, as Missionárias da Caridade nasceram como uma congregação na Diocese de Calcutá. Em 1952, o governo lhes concedeu uma casa na qual continuaram sua missão de servir aos pobres e desprezados de Calcutá.
A congregação cresceu rapidamente, começou com apenas uma casa para moribundos e pobres extremos e chegou a ter 500 casas em todo o mundo.
A Madre Teresa estabeleceu albergues para prostitutas, mulheres maltratadas, orfanatos para crianças pobres e lares para vítimas da AIDS. Foi uma grande defensora dos não nascidos.
Morreu em 5 de setembro 1997 e foi beatificada seis anos depois por São João Paulo II, no dia 19 de outubro 2003.

Fonte: Acidigital

Papa Francisco no Instagram

Monsenhor Dario Edoardo Viganò, Prefeito da Secretaria para as Comunicações do Vaticano, anunciou que a partir do dia 19 de março, festa de São José, será ativada a conta oficial @Franciscus na rede social de fotos e vídeos Instagram.
O anúncio foi feito pelo sacerdote em 14 de março, durante a apresentação de seu livro “Fidelidade mudança – a reviravolta de Francisco contada de perto”, evento organizado pela Fundação Biagio Agnes na Casa do Cinema, em Roma.
Segundo informações da agência italiana SIR, Monsenhor Viganó explicou aos jornalistas: “Francisco segue os grandes ensinamentos da Igreja, mas ao mesmo tempo, mudou muito o seu modo de comunicar o pontificado. Não só simplificando a figura do Pontífice, mas também contando história e parábolas”.
“Basta pensar nas homilias de Santa Marta nas quais entra nos sentimentos das pessoas através do Evangelho. De fato, podemos dizer que é um perfeito narrador de histórias e que representa plenamente uma reviravolta do ponto de vista comunicativo”, acrescentou.
A respeito da reforma que também foi iniciada nos meios de comunicação do Vaticano, o Secretário explicou que através dela procuram compreender melhor “e de forma unitária” quem são os interlocutores.
“Faremos confluir em um único portal os textos, a rádio e os vídeos. Começamos a fazer grupos de trabalho mistos para juntar todas as coisas boas que existem”. Acerca dos tempos da reforma, segundo Monsenhor Viganò poderia ser “daqui aos próximos quatro anos. Este será um ano importante porque vai haver a fusão de TV e Rádio (Centro Radio televisivo Vaticano)”.
“A ideia não é cortar, mas passar aos investimentos e queremos que cada euro gasto tenha tanto a força comunicativa quanto a semente de missão apostólica. Para dar voz ao Papa pela interface simples, mas de ‘sistema complexo’”, concluiu Mons. Viganó.
Fonte: Acidigital

Comemoramos 03 anos de Pontificado do Papa Francisco

No dia 13 de março, comemorou-se os três anos da eleição pontifícia do Papa Francisco. Por este motivo, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, fez uma recordação e reflexão acerca deste breve tempo no qual o Papa fez com que “muitas pessoas compreendam – seja dentro ou ‘fora’ da Igreja – que Deus os ama e não se cansa de perdoá-los”.
Confira a seguir a reflexão do Pe. Lombardi publicada em Famiglia Cristiana:
“Quando escutei o anúncio do Cardeal Tauran em São Pedro fiquei sem palavras. Sabia que o anúncio do nome do novo Papa tinha me emocionado, mas não até esse ponto. Era um jesuíta, meu irmão, mas não o conhecia pessoalmente, além de um brevíssimo encontro alguns dias antes nos corredores da Congregação Geral dos Cardeais antes do Conclave.
Também se em algum momento seu nome esteve entre os que poderiam ser o novo Papa, nunca havia considerado, porque para um jesuíta está fora do previsto uma lista de nomes a bispo ou a cardeal, menos ainda Papa! Depois do anúncio, quem visitava o meu escritório podia perceber que eu estava jubiloso porque o Papa era meu irmão e ficavam surpreendidos pela minha perplexidade. Mas não era feliz nem triste por isso, estava simplesmente surpreso.
O nome, e que nome!
Estava no meu escritório na Sala de Imprensa e na sala de conferências os colegas esperavam meu primeiro comentário. Fiquei sem palavras… depois disse duas coisas que tinha claro e que sentia que devia expressar como grandes novidades: o nome Francisco – escolhido pela primeira vez – e o fato de ser latino-americano.
Escolher um nome que ninguém ainda havia escolhido – e que nome! – demostrava uma liberdade, uma coragem e uma clareza formidáveis. Pobres, cuidado com a criação, paz, como o Papa explicou poucos dias depois. A proveniência do ‘fim do mundo’ levava naturalmente em si uma nova perspectiva, um ponto de vista diferente acerca das situações e perguntas da humanidade e da Igreja no mundo de hoje. Deste modo, parece que não me equivoquei.
Confesso que as outras novidades daquela noite ou dos dias seguintes – vestimenta, maneira de apresentar-se ao povo, viajar de ônibus junto com outros, automóveis compactos… – não me pareciam coisas chocantes: fortes, mas espontâneas. Por meio destas coisas era relativamente fácil reconhecer o irmão jesuíta.
Nos dias seguintes não faltaram novidades e gradualmente também compreendi a personalidade do novo Papa. Por exemplo, em um determinado momento continuava pensando que, tomando maior consciência do novo trabalho e de várias exigências práticas, teria decidido usar novamente o apartamento papal ou pelo menos uma decisão diferente a Santa Marta. Mas não foi assim.
A decisão de mudar não só de lugar, como também o equilíbrio consolidado do sistema organizativo da vidado Papa, das relações com seus colaboradores, foi no princípio a mais firme e clara decisão que tivesse imaginado. Não foi nada fácil aprender a ‘converter-se’ ao seu novo estilo, a sua espontânea liberdade de expressão, aos seus encontros pessoais e suas ligações telefônicas…; mas pouco a pouco compreendemos e apreciamos seus motivos e seu grande valor. Muitas pessoas ‘afastadas’ o compreenderam mais rapidamente que nós que estamos mais ‘perto’.
Santa Marta e as outras novidades
Mas estas novidades foram também de acordo com o estilo da relação pessoal do pastor com os outros, com as pessoas. A novidade da Missamatutina em Santa Marta, com um belo grupo de fiéis, com uma homilia que logo haveríamos aprendido a atender com grande interesse a cada dia e no final de cada eucaristia a saudação pessoal a cada um dos presentes.
A capacidade de envolver os participantes do Ângelus ou das celebrações, interpelando-os diretamente e convidando-os a responder ou a rezar juntos… A liberdade do gesto e suas expressões tocavam imediatamente, mas em profundidade, o coração das pessoas. Neste sentido, uma das primeiras experiências importantes que fez pessoalmente foi durante a Missa da Ceia do Senhor, a primeira Quinta-feira Santa, na prisão de menores da Casa del Marmo.
Segundo o uso litúrgico habitual, o lava-pés somente era praticado com rapazes jovens. Então, entreguei ao Papa uma mensagem discreta sobre o mal-estar dos jovens e do capelão, e a resposta foi praticamente imediata. Como todos sabemos também lavou os pés de meninas e muçulmanos, como já havia feito em Buenos Aires…
Pessoalmente e como sacerdote, o aspecto que mais me chamou a atenção do novo pontificado foi o fato de que o Papa Francisco chegou e em pouco tempo soube levar muitas pessoas a compreender – seja dentro ou ‘fora’ da Igreja – que “Deus os ama e não se cansa de perdoá-los”. Disse e repetiu muitas vezes desde os primeiros dias de seu pontificado.
Todos sofremos muito a imagem de uma Igreja séria e severa, mais do ‘não’ que do ‘sim’, elevada sobre preceitos prevalentemente negativos e fora do tempo. Sabíamos bem que esta era uma imagem injusta, completamente diversa daquela que procurávamos dizer e testemunhar; mas o clima cultural dominante andava naquele sentido e nós não conseguíamos mudá-lo.
Sinodalidade: caminhar juntos
Acho que o Papa Francisco conseguiu de um modo muito eficaz e isto me alegrou profundamente. E não foi apenas um aspecto passageiro de seu serviço: o Jubileu da Misericórdia alarga e aprofunda a mensagem do amor, do perdão, da reconciliação: reafirma e o faz passar através de inúmeras portas em todos os ângulos do mundo, e não começou em Roma, mas em Bangui, das periferias ao centro espiritual do mundo…
O Papa Francisco fala de ‘sinodalidade’, vive em primeira pessoa a condição do crente em caminho e coloca a Igreja em caminho, para que sempre saia de si e possa chegar às periferias, a fim de que sejamos ‘discípulos missionários’. Renovou profundamente o método e o espírito das assembleias do Sínodo dos bispos, iniciou uma ‘reforma’ da Cúria romana que ainda não sabemos bem quando terminará… o mais importante é que nos ponha em caminho confiando no Espírito do Senhor, sem querer nós mesmos prefigurar onde e quando devemos chegar.
Francisco é certamente corajoso e confiante, caminha na fé e na esperança. Para viver serenamente e alegremente com ele seu pontificado é necessário participar desta atitude, senão podemos nos sentir turvados ou temerosos, ou inclusive bloqueados e incapazes ao percorrer novos territórios pastorais, sobretudo se nos deparamos com temas complexos e delicados, como por exemplo, a família e as relações ecumênicas…
Cultura do encontro
Uma das palavras do Papa Francisco que me parecem novas e demorei algum tempo para compreender foi a ‘cultura do encontro’. Depois compreendi que, para ele, o encontro concreto entre as pessoas é fundamental. Encontro com Deus, encontro pessoal com Jesus em primeiro lugar, mas também encontro com seus colaboradores, com os líderes religiosos, com os responsáveis pelos povos, ao encontro de cada pessoa em busca de uma palavra de conforto ou proximidade (suas ligações telefônicas! Obviamente uma pequena parcela das milhares de pessoas que gostariam de recebê-las, mas em todo caso é uma mensagem exemplar para todos).
Fiz várias vezes, sempre com a confiança de ser bem compreendido, uma pequena comparação entre o modo no qual Bento e o Papa Francisco me contavam sobre suas conversas com os chefes de estado que lhe visitavam. Bento: a concisa, precisa e excepcionalmente lúcida indicação dos temas tratados. Francisco: as características da pessoa humana e as atitudes do interlocutor. Ambas as aproximações de extraordinária profundidade. No caso do Papa Francisco, o encontro com a pessoa concreta é ressaltado em plena e prioritária evidência.
Certamente os encontros do Papa Francisco são uma das vias fundamentais da presença dinâmica da Igreja também a nível ecumênico, inter-religioso e internacional. Basta pensar nos múltiplos encontros do Papa com o Patriarca ecumênico Bartolomeu, no recente encontro com o Patriarca de Moscou Kirill, ou a nova linha de relações ecumênicas com o mundo evangélico pentecostal representado, por exemplo, pelo seu amigo pastor Traettino di Caserta, ou a anunciada participação na celebração dos 500 anos da Reforma em Lund (Suécia). A conhecida amizade com o rabino Abraham Skorka e o muçulmano Omar Abboud e o triplo abraço diante do Muro das Lamentações: um sinal novo e forte!
A nível internacional, a aclamada aproximação entre Cuba e Estados Unidos foi certamente propiciada pelo carisma de Francisco e seu impulso na direção da reconciliação entre os povos.
O evidente e várias vezes afirmado desejo de alcançar o encontro também com a China enfim poderá tornar-se realidade? Certamente Francisco não esconde o fato de que empurra para esta direção. Acredita na força do encontro antes mesmo das mesas de negociação. Assim serve pessoalmente ao diálogo e a paz.
Uma referência para todos
No terceiro ano do seu pontificado, o Papa Francisco viajou a todos os continentes, menos Oceania (Ásia, Europa, África, América Latina e Caribe, América setentrional) respondendo às expectativas dos povos, mas sempre disposto e atento aos seus gestos e palavras. Já havia falado ao Parlamento europeu, em 2015 falou com os movimentos populares assim como ao Congresso americano, e às Nações Unidas em Nova Iorque e em Nairóbi.
Publicou uma encíclica, a Laudato si’, a qual interceptou com amplitude de horizontes e equilíbrio as grandes perguntas cruciais da humanidade e do cuidado da ‘casa comum’, destacando sua crítica radical da ‘cultura do descarte’ em um contexto de responsabilidade e reflexão global, atenta à ciência, à razão humana, à visão religiosa da pessoa humana e do mundo.
A autoridade do Papa Francisco adquiriu uma dimensão verdadeiramente ‘global’, respeitada universalmente e capaz de oferecer um verdadeiro serviço de orientação à humanidade em caminho.
Durante estes três anos aconteceram muitas coisas. Um caminho que continua na escuta do Espírito, mais do que em projetos e estratégias humanas. Não nos esqueçamos, portanto, de rezar pelo Papa Francisco, como ele nos pede a cada dia”.
Fonte: Acidigital

Papa Francisco janta com sem-tetos de Roma para comemorar 03 anos de pontificado

O terceiro ano do pontificado do Papa Francisco será festejado, entre outros, com um jantar com a presença dos sem-teto na igreja de São Lourenço, localizada a 50 metros da Praça de São Pedro.
Este templo guarda, há 33 anos, a cruz original que São João Paulo II deu aos jovens por ocasião da primeira Jornada Mundial da Juventude, celebrada em 1983.
Esta iniciativa na qual participaram as pessoas que geralmente ficam nos arredores do Vaticano concluirá uma “maratona de oração de 24 horas sem parar”, convocada para dar graças a Deus pelo pontificado do Papa Francisco e invocar a bênção de Deus sobre ele e seu ministério petrino.
A iniciativa se realizará neste sábado, 12 de março, às 22h. Também haverá Adoração eucarística e uma Missa solene às 23h.
No domingo, 13, às 12h, está prevista a participação no Ângelus na Praça de São Pedro e um rosário recitado por crianças que terá início às 14h.

somos como a mulher adúltera diante de Deus, Ele nos salva e quer nossa conversão diz o Papa Francisco

O Papa Francisco comentou o Evangelho deste domingo, durante a Oração do Ângelus na manhã de hoje, relatou o episódio da mulher adúltera, evidenciando o tema da misericórdia de Deus que nunca quer a morte do pecador, mas que se converta e viva" .
"Ele é a graça que salva do pecado e da morte", sublinhou. "Deus não nos prega ao nosso pecado, não nos identifica com o mal que cometemos. Ele quer nos libertar e quer que também nós queiramos junto com Ele. Quer que a nossa liberdade se converta do mal para o bem, e isso é possível com a sua graça", disse o Pontífice na Praça de São Pedro.
Francisco explicou que "Na verdade, eles não foram ao Mestre para pedir-lhe o seu parecer, mas para fazer-lhe uma armadilha. De fato, se Jesus seguir a severidade da lei, aprovando a lapidação da mulher, perderá a sua fama de mansidão e bondade que tanto fascina o povo; se ao invés for misericordioso, irá contra a lei que Ele mesmo disse não querer abolir, mas cumprir.”
Jesus não responde, se cala e realiza um gesto misterioso: ‘Inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo’. Desta maneira, "convida todos à calma, a não agir de impulso e procurar a justiça de Deus".
Mas aqueles, maus,  "insistem e esperam dele uma resposta", recordou o Papa. Então, Jesus levanta o olhar e diz: ‘Quem de vocês não tiver pecado, atire-lhe a primeira pedra’.”
“Esta resposta abala os acusadores, desarma todos no verdadeiro sentido da palavra: Todos depuseram as armas, ou seja, as pedras prontas para serem lançadas, tanto aquelas visíveis contra a mulher, quanto as pedras escondidas contra Jesus".
“Quanto bem nos fará ser conscientes de que também nós somos pecadores! Quando falamos mal dos outros e todas essas coisas que nós conhecemos! Quanto bem nos fará ter a coragem de fazer cair no chão as pedras que lançamos contra os outros e pensar um pouco em nossos pecados”, acrescentou.
Finalmente, "permaneceram ali a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, uma diante da outra. Quantas vezes isso nos acontece, quando nos detemos diante do confessionário"
O olhar de Jesus " é cheio de misericórdia, cheio de amor para fazer aquela pessoa sentir, talvez pela primeira vez, que tem uma dignidade, que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa, que pode mudar de vida, pode sair daquelas escravidões e caminhar em uma estrada nova".
Em seguida, o Papa Francisco disse: “aquela mulher representa todos nós que somos pecadores, ou seja, adúlteros diante de Deus, traidores de sua fidelidade" e "a sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação através de Jesus".

Fonte: Acidigital

24 horas para o Senhor começa hoje!

Na próxima sexta-feira, 4, por ocasião da jornada “24 horas para o Senhor”, o Papa Francisco presidirá na Basílica de São Pedro o rito da Reconciliação e confessará um grupo de fiéis, informou a Santa Sé.
“Na sexta-feira, 4 de março de 2016, às 17h, na Basílica Vaticana, o Santo Padre presidirá o Rito da Reconciliação de vários penitentes com a confissão e absolvição individual”, assinalou a Sala de Imprensa na última terça-feira.
A jornada de oração e confissões “24 horas para o Senhor” é uma iniciativa do Santo Padre a ser realizada pelo terceiro ano consecutivo e que nesta ocasião está marcada pelo Jubileu da Misericórdia. Assim como nas outras duas edições, dioceses do mundo inteiro se somarão a esta iniciativa e convidam os fiéis a aproximar-se do Sacramento da Reconciliação.
Segundo o programa publicado na página do Jubileu da Misericórdia, a celebração penitencial de abertura com o Papa Francisco irá acontecer nesta sexta-feira às 17h. Em seguida, às 21h, começarão as confissões e a Adoração Eucarística nas seguintes Igrejas entre as de Roma: Nossa Senhora do Sagrado Coração (Piazza Navona), Santa Maria em Trastevere e a Igreja dos Sagrados Estigmas de São Francisco (Largo Argentina).
O Vaticano informou que “as Igrejas permanecerão abertas, com a presença de sacerdotes disponíveis para as confissões, até o horário da noite”.
A celebração final de agradecimento a ser realizada no sábado, 5 de março, na Igreja do Santo Espírito, em Sassia, será presidida por Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e responsável pela organização do Jubileu da Misericórdia.

Fonte: acidigital

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More