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Afinal de contas, qual o verdadeiro dia da morte e ressurreição de Jesus?

Cada ano as datas do Tríduo Pascal variam. Este ano o tempo de Páscoa começará no próximo 12 de abril. No calendário da Igreja Semana Santa é uma nova data, sempre diferente no calendário: existe uma razão histórica para isso. São as fases da Lua que guiam o calendário da Igreja para as celebrações dos mistérios da Morte e Ressurreição de Cristo.
Durante a Semana Santa, os cristãos celebram a ressurreição de Cristo, a festa mais importante do calendário litúrgico. De fato, durante os três primeiros séculos da fé esta era a única festa que se celebrava. Não havia outros tempos litúrgicos nem outras solenidades.
A origem da data se deve ao fato que a morte de Cristo ocorreu ao redor da festa da Páscoa Judia. Os Evangelhos se referem a esta celebração na passagem bíblica da última ceia, em que Jesus se reúne com seus discípulos para celebrar esta festa na que os judeus recordavam a saída do Egito.
Os judeus, de acordo às suas normas, devem renovar cada ano esta celebração no dia 15 do mês de Nisan, que começa com a primeira lua nova da primavera.
Lua cheia
Com o passar do tempo e embora algumas regiões no mundo não aderissem, a Igreja começou a unificar a data da Páscoa. Desde o I Concilio Ecumênico da Nicéia no ano 325, a Semana Santa se celebra no primeiro domingo de lua cheia depois do equinócio primaveril (ao redor de 21 de março).
Assim, o domingo de Páscoa acontece em um parêntese de 35 dias, entre em 22 de março e em 25 de abril.
As datas de Páscoa se repetem em um período de 5.700.000 anos e nesse intervalo de tempo a data mais frequente é o 19 de abril. Na maioria das vezes a Semana Santa cai durante a primeira ou segunda semana de abril.

Fonte: Acidigital

TEXTO COMPLETO: Mensagem Pascal do Papa e benção Urbi et Orbi 2016


O Papa Francisco presidiu na manhã de hoje a Missa da Páscoa de Ressurreição  na Praça de São Pedro. O Pontífice não pronunciou homilia posto que depois leria sua Mensagem Pascal junto à tradicional bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).
O Santo Padre manifestou: “Só Deus pode preencher com o seu amor esses vazios, esses abismos, e não permitir que submergimos, mas continuemos a caminhar juntos em direção à Terra da liberdade e da vida”.
O Pontífice mencionou alguns conflitos vividos atualmente: “O Senhor Jesus, nossa paz (Ef 2,14), que ressuscitando derrotou o mal e o pecado, possa favorecer, nesta festa de Páscoa, a nossa proximidade com as vítimas do terrorismo, forma de violência cega e brutal que continua a derramar sangue inocente em diversas partes do mundo, como aconteceu nos ataques recentes na Bélgica, Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque”.
“Com os nossos irmãos e irmãs que são perseguidos por causa da sua fé e por sua lealdade ao nome de Cristo e diante do mal que parece prevalecer na vida de tantas pessoas, ouçamos novamente as palavras consoladoras do Senhor: «Não tenhais medo! Eu venci o mundo!»”.
A seguir, confira o texto completo da Mensagem Pascal 2016:
Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!
Jesus Cristo, encarnação da misericórdia de Deus, por amor morreu na cruz e por amor ressuscitou. Por isso, proclamamos hoje: Jesus é o Senhor!
A sua Ressurreição realiza plenamente a profecia do Salmo: a misericórdia de Deus é eterna, o seu amor é para sempre, não morre jamais. Podemos confiar completamente N’Ele, e damos-Lhe graças porque por nós Ele desceu até ao fundo do abismo.
Diante dos abismos espirituais e morais da humanidade, diante dos vazios que se abrem nos corações e que provocam ódio e morte, somente uma infinita misericórdia pode nos dar a salvação. Só Deus pode preencher com o seu amor esses vazios, esses abismos, e não permitir que submergimos, mas continuemos a caminhar juntos em direção à Terra da liberdade e da vida.
O anúncio jubiloso da Páscoa: Jesus, o crucificado, não está aqui, ressuscitou (cf. Mt 28,5-6) oferece-nos a certeza consoladora de que o abismo da morte foi transposto e, com isso, foram derrotados o luto, o pranto e a dor (cf. Ap 21,4). O Senhor, que sofreu o abandono dos seus discípulos, o peso de uma condenação injusta e a vergonha de uma morte infame, faz-nos agora compartilhar a sua vida imortal, e nos oferece o seu olhar de ternura e compaixão para com os famintos e sedentos, com os estrangeiros e prisioneiros, com os marginalizados e descartados, com as vítimas de abuso e violência. O mundo está cheio de pessoas que sofrem no corpo e no espírito, ao passo que as crônicas diárias estão repletas de relatos de crimes brutais, que muitas vezes têm lugar dentro do lar, e de conflitos armados numa grande escala, que submetem populações inteiras a provas inimagináveis.
Cristo ressuscitado indica caminhos de esperança para a querida Síria, um País devastado por um longo conflito, com o seu cortejo triste de destruição, morte, de desprezo pelo direito humanitário e desintegração da convivência civil. Confiamos ao poder do Senhor ressuscitado as conversações em curso, de modo que, com a boa vontade e a cooperação de todos, seja possível colher os frutos da paz e dar início à construção de uma sociedade fraterna, que respeite a dignidade e os direitos de cada cidadão. A mensagem de vida proclamada pelo anjo junto da pedra rolada do sepulcro vença a dureza dos corações e promova um encontro fecundo entre povos e culturas nas outras regiões da bacia do Mediterrâneo e do Oriente Médio, particularmente no Iraque, Iêmen e na Líbia.
A imagem do homem novo, que resplandece no rosto de Cristo, favoreça a convivência entre israelenses e palestinos na Terra Santa, bem como a disponibilidade paciente e o esforço diário para trabalhar no sentido de construir as bases de uma paz justa e duradoura através de uma negociação direta e sincera. O Senhor da vida acompanhe também os esforços para alcançar uma solução definitiva para a guerra na Ucrânia, inspirando e apoiando igualmente as iniciativas de ajuda humanitária, entre as quais a libertação de pessoas detidas.
O Senhor Jesus, nossa paz (Ef 2,14), que ressuscitando derrotou o mal e o pecado, possa favorecer, nesta festa de Páscoa, a nossa proximidade com as vítimas do terrorismo, forma de violência cega e brutal que continua a derramar sangue inocente em diversas partes do mundo, como aconteceu nos ataques recentes na Bélgica, Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque; Possam frutificar os fermentos de esperança e as perspectivas de paz na África; penso de modo particular no Burundi, Moçambique, República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, marcados por tensões políticas e sociais.
Com as armas do amor, Deus derrotou o egoísmo e a morte; seu Filho Jesus é a porta da misericórdia aberta de par em par para todos. Que a sua mensagem pascal possa sempre se projetar mais sobre o povo venezuelano nas difíceis condições em que vive e sobre aqueles que detêm em suas mãos os destinos do País, para que se possa trabalhar em vista do bem comum, buscando espaços de diálogo e colaboração ente todos. Que por todos os lados possam ser tomadas medidas para promover a cultura do encontro, a justiça e o respeito mútuo, os quais só podem garantir o bem-estar espiritual e material dos cidadãos.
O Cristo ressuscitado, anúncio de vida para toda a humanidade, reverbera através dos séculos e nos convida não esquecer dos homens e mulheres na sua jornada em busca de um futuro melhor; grupos cada vez mais números de migrantes e refugiados – entre os quais muitas crianças – que fogem da guerra, da fome, da pobreza e da injustiça social. Esses nossos irmãos e irmãs, que nos seus caminhos encontram, com demasiada frequência, a morte ou, ao menos, a recusa dos que poderiam oferecer-lhes hospitalidade e ajuda. Que a próxima rodada da Cúpula Mundial Humanitária não deixe de colocar no centro a pessoa humana com a sua dignidade e possa desenvolver políticas capazes de ajudar e proteger as vítimas de conflitos e de outras situações de emergência, especialmente os mais vulneráveis e os que sofrem perseguição por motivos étnicos e religiosos.
Neste dia glorioso, «alegre-se a terra que em meio a tantas luzes resplandece» (cf. Proclamação da Páscoa), mas ainda assim tão abusada e vilipendiada por uma exploração ávida pelo lucro, o que altera o equilíbrio da natureza. Penso em particular nas regiões afetadas pelos efeitos das mudanças climáticas, que muitas vezes causam secas ou violentas inundações, resultando em crises alimentares em diferentes partes do planeta.
Com os nossos irmãos e irmãs que são perseguidos por causa da sua fé e por sua lealdade ao nome de Cristo e diante do mal que parece prevalecer na vida de tantas pessoas, ouçamos novamente as palavras consoladoras do Senhor: «Não tenhais medo! Eu venci o mundo!» (Jo 16,33). Hoje é o dia radiante desta vitória, porque Cristo calcou a morte e com a sua ressurreição fez resplandecer a vida e a imortalidade (cf. 2Tm 1,10). «Ele nos fez passar da escravidão à liberdade, da tristeza à alegria, do luto à festa, das trevas à luz, da escravidão à redenção. Por isso, proclamemos diante d’Ele: Aleluia!» (Melitão de Sardes, Homilia Pascal).
Para aqueles que em nossas sociedades perderam toda a esperança e alegria de viver, para os idosos oprimidos que na solidão sentem as suas forças esvaindo-se, para os jovens aos quais parece não existir o futuro, a todos eu dirijo mais uma vez as palavras do Ressuscitado: «Eis que faço novas todas as coisas… a quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante» (Ap 21,5-6). Esta mensagem consoladora de Jesus possa ajudar cada um de nós a recomeçar com mais coragem e esperança, para assim construirmos estradas de reconciliação com Deus e com os irmãos. 
Fonte: acidigital

Hoje é a Páscoa da Ressurreição

Hoje é o dia em que a IgrejaCatólica celebra o sentido da Fé, porque festeja o Domingo da Ressurreição de Jesus ou a Páscoa, quando Cristo triunfante sobre a morte abre as portas do céu.
Durante a Missa, acende-se o círio pascal que permanecerá aceso até o dia em que se comemora a Ascensão de Jesus ao céu. 
Esta festa celebra a derrota do pecado e da morte pela a ressurreição. Todo o sofrimento temporal adquire sentido com a vida eterna.
É um dia de festa e alegria, Cristo ressuscitou, o túmulo está vazio, a humanidade está salva, agora é hora de abraçar esta salvação testemunhando uma verdadeira vida cristã.

Por que na sexta feira santa não há missa?

A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João comtemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
São João, teólogo e cronista da paixão nos leva a comtemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloqüente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar.
A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.
Maternidade do coração, que infla com a espada de dor que a fecunda. 

A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria comtempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João a glorifica com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.

O soldado que traspassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia realizava um últmo, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como em uma nova criação derrama sobre nós.

A Celebração
Hoje não se celebra a missa em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recordamos a morte de Jesus. Os ministros se prostram no chão frente ao altar no começo da cerimônia. São a imagem da humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente que implora perdão por seus pecados.
Vão vestidos de vermelho, a cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testeunho do amor do Pai e de todos aqueles que, como ele, deram e continuam dando sua vida para proclamar a libertação que Deus nos oferece.
Ação litúrgica na Morte do Senhor
1. A ENTRADA
A impressionante celebração litúrgica da Sexta-feira começa com um rito de entrada diferente de outros dias: os ministros entram em silëncio, sem canto, vestidos de cor vermelha, a cor do sangue, do martírio, se prostram no chão, enquanto a comunidade se ajoelha, e depois de um espaço de silêncio, reza a oração do dia.

2. Celebração da Palavra
  • Primeira Leitura
Espetacular realismo nesta profecia feita 800 anos antes de Cristo, chamada por muitos o 5º Evangelho. Que nos introduz a alma sofredora de Cristo, durante toda sua vida e agora na hora real de sua morte. Disponhamo-nos a vivê-la com Ele.
Leitura do Profeta Isaías 52, 13 ; 53

Eis que meu Servo há de prosperar, ele se elevará, será exaltado, será posto nas alturas. 
Exatamente como multidões ficaram pasmadas à vista dele - tão desfigurado estava seu aspecto e a sua forma não parecia a de um homem - assim agora nações numerosas ficarão estupefactas a seu respeito,reis permanecerão silenciosos, ao verem coisas que não lhes haviam sido contadas e ao tomarem consciência de coisas que não tinham ouvido.
Quem creu naquilo que ouvimos, e a quem se revelou o braço do Senhor? Ele cresceu diante dele como um renovo, como raiz que brota de uma terra seca; não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar.
Era desprezado e abandonado pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a enfermidade, como uma pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos nenhum caso dele.
E no entanto, era as nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava. 
Mas nós o tinhamos como vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado.
Mas ele foi trespassado por causa de nossas transgressões, esmagado em virtude de nossas iniqüidades.
O castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados.
Todos nós como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada um o seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. 
Foi maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca, como cordeiro conduzido ao matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença de seus tosquiadores ele não abriu a boca.
Após a detenção e julgamento, foi preso. Dentre os seus contemporâneos, quem se preocupou com o fato de ter ele sido cortado da terra dos vivos, de ter sido ferido pela transgressão do seu povo?
Deram sepultura com os ímpios, o seu túmulo está com os ricos, se bem que não tivesse praticado violência nem tivesse havido engano em sua boca.
Mas o Senhor quis feri-lo, submetê-lo à enfermidade. Mas, se ele oferece a sua vida como sacrifício pelo pecado, certamente verá uma descendência, prolongará os seus dias, e por meio dele o desígnio de Deus há de triunfar.
Após o trabalho fatigante de sua alma ele verá a luz e se fartará. Pelo seu conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sbre si as suas transgressões.
Eis porque lhe darei um quinhão entre as multidões; com os fortes repartirá os despojos, visto que entregou sua alma à morte e foi contado com os transgressores, mas na verdade levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores fez intercessão.

Palavra do Senhor
Salmo responsorial
Neste Salmo, recitado por Jesus na cruz, entrecruzam-se a confiança, a dor, a solidão e a súplica: com o Homem das dores, façamos nossa oração.
Sl 30, 2 e 6. 12-13. 15-16. 17 e 25.
Senhor, em tuas mãos eu entrego meu espírito.
Senhor, eu me abrigo em ti: que eu nunca fique envergonhado; Salva-me por sua justiça. Leberta-me . em tuas mãos eu entrego meu espírito, é tu quem me resgatas, Senhor.
Pelos opressores todos que tenho já me tornei um escândalo; para meus vizinhos, um asco, e terror para meus amigos. Os que me vêem na rua fogem para longe de mim; fui esquecido, como um morto aos corações, estou como um objeto perdido.
Quanto a mim, Senhor, confio em ti, e digo: " tú és o meu Deus!". Meus tempos etão em tua mão: liberta-me da mão dos meus inimigos e perseguidores. Faze brilhar tua face sobre o teu servo, salva-me por teu amor. Sede firmes, fortalecei vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.
  • Segunda leitura
  • O Sacerdote é o que une Deus ao homem e os homens a Deus… Por isso Cristo é o perfeito Sacerdote: Deus e Homem. O Único e Sumo e Eterno Sacerdote. Do qual o Sacerdócio: o Papa, os Bispos, os sacerdotes e dos Diáconos unidos a Ele, são ministros, servidores, ajudantes…
    Leitura da Carta aos Hebreus 4,14-16; 5,7-9.
    Temos, portanto, um sumo sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus. Permaneçamos, por isso, firmes na profissão de fé. Com efeito, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com segurança do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça, como ajuda oportuna.
    É ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão. Embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento; e, levado à perfeição, se tornou para todos os que lhe obedeceram princípio da salvação eterna.
    Palavra do Senhor.
  • Versículo antes o Evangelho (Fl 2, 8-9)
    Cristo, por nós, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o sobreexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é acima de todo nome.
    Como sempre, a celebração da Palavra, depois da homilia conclui-se com uma ORAÇÃO UNIVERSAL, que hoje tem mais sentido do que nunca: precisamente porque comtemplamos a Cristo entregue na cruz como Redentor da humanidade, pedimos a Deus a salvação de todos, crentes e não crentes.
    3. Adoração da Cruz

    Depois das palavras passamos a um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa Cruz é apresentada solenemente a Cruz à comunidade, cantando três vezes a aclamação:
    "Eis o lenho da Cruz, onde esteve pregada a salvação do mundo. Ó VINDE ADOREMOS", e todos ajoelhados uns instantes de cada vez, e então vamos, em procissão, venerar a Cruz pessoalmente, com um genuflexão (ou inclinação profunda) e um beijo (ou tocando-a com a mão e fazendo o sinal da cruz ); enquanto cantamos os louvores ao Cristo na Cruz :

    4. A comunhão
    Desde de 1955, quando Pio XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não somente o sacerdote - como até então - mas também os fiéis podem comungar com o Corpo de Cristo.
    Ainda que hoje não haja propriamente Eucaristia, mas comungando do Pão consagrado na celebração de ontem, Quinta-feira Santa, expressamos nossa participação na morte salvadora de Cristo, recebendo seu "Corpo entregue por nós".

O que o Santo sudário diz sobre a morte de Jesus

Autor do livro “A Paixão de Cristo segundo o Cirurgião”, o doutor Pierre Barbet, cirurgião do Hospital de São José, em Paris, é quem fez, até agora, o estudo médico mais completo da Paixão de Cristo, conforme se deduz do Santo Sudário. Na impossibilidade de abranger todos os aspectos, resumimos alguns de maior interesse.
a) Lesões sofridas na Via Crucis
Barbet descobre no Santo Sudário lesões provocadas pelas quedas de Jesus na Via Crucis. São chagas na face anterior do joelho, sobretudo na direita. Esta última apresenta escoriações de forma e tamanho diversos, de bordos recortados e situadas exatamente na região rotuliana. Para cima e para fora se observam duas chagas redondas de dois centímetros de diâmetro. As lesões são menos evidentes e numerosas no joelho esquerdo.
As marcas da cruz sobre as costas despontam com nitidez na imagem dorsal da silhueta da relíquia. Sobre o ombro direito, na parte externa da região supra escapular, é visível uma extensa zona escoriada para baixo e para dentro, que oferece a forma de um retângulo de 10 centímetros de comprimento por 9 de largura. Mais abaixo na região escapular, observa-se outra zona escoriada que apresenta as mesmas características (forma redonda com um diâmetro de 14 centímetros), exatamente situada na região subescapular, na ponta do omoplata esquerdo.
b) Topografia das chagas das mãos
Graças às observações do professor Barbet sobre o Santo Sudário, completadas depois com detidas experiências anatômicas, pôde-se localizar a topografia exata das chagas que produziram os pregos nas mãos de Jesus ao ser crucificado. Os pregos não atravessaram a palma, como vulgarmente se acredita, mas sim o carpo ou região do pulso, isto é, o pulso, precisamente pelo espaço livre, chamado de Destot, limitado pelos ossos semilunar, piramidal, grande e ganchoso. Com efeito, no Santo Sudário se descobre na mão esquerda, que é a mais visível, uma chaga redonda, muito nítida, na altura do carpo, da qual parte um filete de sangue que se irradia obliquamente para cima e para a direita até alcançar a margem cubital do antebraço.
c) O golpe da lança e a chaga do flanco
É crença muito comum situar o coração à esquerda do tórax, mas esta localização não é exata. O coração ocupa uma posição média e anterior e repousa sobre o diafragma, detrás dos pulmões e do peitilho ósseo esternocostal, no mediastino anterior. Somente sua ponta fica situada nitidamente à esquerda, enquanto sua base supera pela direita o esterno.
Certamente como consequência da opinião popular, que localiza o coração à esquerda do peito, existe uma tradição de opiniões que colocam o golpe de lança como desferido no flanco esquerdo de Jesus. Não todas, entretanto. Santo Agostinho, por exemplo, fala em “A Cidade de Deus” de latere dextro, flanco direito, tal como São Francisco de Assis. Segundo Barbet, o Santo Sudário veio elucidar com seu testemunho objetivo este problema, como tantos outros. A silhueta do tecido, com a manifestação clara da ferida, prova que o cadáver de Cristo sofreu o golpe da lança no costado direito e não no esquerdo. Observa-se assim na imagem anterior do lençol um enorme coágulo de sangue no lado direito, que se estende para cima uns seis centímetros e descende em uma dimensão de 15. Sua margem interna aparece mordiscada com recorte arredondado. Esta mancha de sangue ressalta no lençol, vista a pleno dia, por sua tonalidade carmim. A parte superior do coágulo, a mais próxima à chaga, é a mais espessa e a mais larga, e nela se distingue nitidamente um rastro oval, que é evidentemente a estampagem da chaga do flanco. Esta chaga mede 4,4 centímetros de comprimento por 1,5 de largura.
Barbet deduz que a ferida foi aberta por uma lança usada por um soldado de infantaria do chão, a qual penetrou pelo quinto espaço intercostal direito, atravessou a pleura e o pericárdio e feriu a aurícula direita. O sangue que brotou da ferida provinha de tal aurícula, e a água, do pericárdio, em virtude da agonia extraordinariamente penosa do Salvador.

Cinco filmes recomendados para a Semana Santa

Semana Santa é um período propício para conhecer e refletir mais sobre o sentido de ser cristão, o que é melhor com a ajuda de um bom filme. A seguir, cinco obras cinematográficas com temática de fé que marcaram e mudaram a vida de muitos de seus telespectadores.
Ressurreição (2016)
Começamos a lista com um filme que estreou no Brasil no último dia 17 de março, às vésperas da Semana Santa. De acordo com a Sony, “Ressurreição” apresenta “a épica história bíblica da ressurreição contada pelos olhos de um incrédulo. Clavius (Joseph Fiennes), um poderoso tribuno militar romano, e seu assistente, Lucius (Tom Felton), têm a tarefa de resolver o mistério do que aconteceu com Jesus nas semanas seguintes a crucificação, a fim de refutar os rumores de um Messias ressuscitado e evitar uma revolta em Jerusalém”.
A Paixão de Cristo (2004)
É uma adaptação dos últimos dias de Jesus Cristo realizada por Mel Gibson. Filmado em latim e aramaico, idiomas que Jesus falou, e projetado em todo o mundo em versão original por desejo do diretor, o filme atraiu a atenção de todos pela crueza e realismo de suas imagens.
Ben Hur (1959)
William Wyler assinou uma épica superprodução protagonizada por Charlton Heston, Stephen Boyd e Jack Hawkins que obteve onze prêmios Oscar. Narra a história de dois velhos amigos que se enfrentam e na qual não se mostra o rosto de Jesus Cristo, embora sua presença marque toda a vida de Judah Ben-Hur.
Um remake deste filme estreará ainda este ano, dirigido por Timur Bekmambetov e com Jack Huston como o personagem principal. O brasileiro Rodrigo Santoro também faz parte do elenco, no papel de Jesus Cristo. O primeiro trailer deste remake foi divulgado na semana passada.
Jesus de Nazaré (1977)
Embora se trata de uma minissérie de televisão e não de um filme, o trabalho de Franco Zeffirelli é talvez o melhor relato sobre o nascimento, feitos e morte de Jesus Cristo. O Beato Paulo VI, depois de assistir essa produção, recebeu em audiência o diretor de cinema Franco Zeffirelli e agradeceu-lhe por este trabalho sobre a vida do Senhor. O Papa Francisco também recebeu o diretor na Casa Santa Marta em Audiência Privada na terça-feira, 15 de março.
Os Dez Mandamentos (1956)
Charlton Heston volta a aparecer neste épico com a adaptação da passagem de Moisés e os Dez Mandamentos, dirigida pelo lendário Cecil B. DeMille. A superprodução é de proporções bíblicas: possui quase quatro horas de duração e seus avançados efeitos especiais renderam um Oscar aos diretores. A cena da abertura do Mar Vermelho entrou para a história da sétima arte como uma das mais impressionantes do cinema até então. 

Fonte: Acidigital

Por que a Cruz é o simbolo dos cristãos?

Nesta Sexta-feira Santa, ao recordar a Paixão de Cristo, toda a Igreja olha para a Cruz, o símbolo dos cristãos, sinal de um amor sem limites, que os ensina qual é sua autêntica vocação como seres humanos.
Hoje parece-se assistir ao desaparecimento progressivo do símbolo da cruz. Desaparece das casas dos vivos e das tumbas dos mortos, e desaparece sobretudo do coração de muitos homens e mulheres a quem incomoda contemplar um homem cravado na cruz. Não se deve estranhar isto, pois já no início do cristianismo São Paulo falava de falsos irmãos que queriam abolir a cruz: “Pois há muitos dos quais muitas vezes eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3, 18).
Uns afirmam que é um símbolo maldito; outros que não houve tal cruz, e que era apenas um mastro; para muitos o Cristo da cruz é um Cristo impotente; há quem ensine que Cristo não morreu na cruz. A cruz é símbolo de humilhação, derrota e morte para todos aqueles que ignoram o poder de Cristo para mudar a humilhação em exaltação, a derrota em vitória, a morte em vida e a cruz em caminho para a luz.
Jesus, sabendo a repulsa que ia produzir a pregação da cruz, “começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito... que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo dizendo: ‘Deus não o permita, Senhor, isto jamais te acontecerá!’. Ele, porém, voltando-se para Pedro, disse: ‘Afasta-te de mim, Satanás! Porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!’” (Mt 16, 21-23).
Pedro ignorava o poder de Cristo e não tinha fé na ressurreição, por isso quis apartá-lo do caminho que leva a cruz, mas Cristo lhe ensina que quem se opõe à cruz fica do lado de Satanás.
Satanás, o orgulhoso e soberbo, odeia a cruz, porque Jesus Cristo, humilde e obediente, venceu-o nela, porque “humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”, e assim transformou a cruz em vitória: “Por isso Deus o sobrexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome” (Fl 2, 8-9).
Algumas pessoas, para nos confundir, perguntam-nos: Você adoraria a faca com que mataram o seu pai?
É obvio que não!
1º. Porque meu pai não tem poder para converter um símbolo de derrota em símbolo de vitória; mas Cristo sim tem poder. Ou você não crê no poder do sangue de Cristo? Se a terra que pisou Jesus é Terra Santa, a cruz banhada com o sangue de Cristo, com mais razão, é Santa Cruz.
2º. Não foi a cruz que matou Jesus, mas os nossos pecados. “Ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude de nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz caiu sobre Ele, sim, por suas feridas fomos curados” (Is 53, 5). Como pode ser a cruz um sinal maldito se nos cura e nos devolve a paz?
3º. A história de Jesus não termina na morte. Quando recordamos a cruz de Cristo, nossa fé e esperança se centram no ressuscitado. Por isso, para São Paulo a cruz era motivo de glória (Gl 6, 14).
Ensina-nos quem somos
A cruz, com seus dois madeiros, ensina-nos quem somos e qual é nossa dignidade: o madeiro horizontal nos mostra o sentido de nosso caminhar, ao qual Jesus Cristo se uniu fazendo-se igual a nós em tudo, exceto no pecado. Somos irmãos do Senhor Jesus, filhos de um mesmo Pai no Espírito! O madeiro que suportou os braços abertos do Senhor nos ensina a amar nossos irmãos como a nós mesmos. E o madeiro vertical nos ensina qual é nosso destino eterno. Não temos morada aqui na terra, caminhamos para a vida eterna. Todos temos uma mesma origem: a Trindade que nos criou por amor. E um destino comum: o céu, a vida eterna. A cruz nos ensina qual é nossa real identidade.
Recorda-nos o Amor Divino
“Pois Deus amou tanto ao mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3, 16). Mas como o entregou? Acaso não foi na cruz? A cruz é a lembrança de quanto amor o Pai tem por nós e do amor maior de Cristo, que deu a vida por seus amigos (Jo 15, 13). O demônio odeia a cruz, porque nos recorda o amor infinito de Jesus. Leia: Gálatas 2, 20.
Sinal de nossa reconciliação
A cruz é sinal de reconciliação com Deus, conosco mesmos, com os humanos e com toda a ordem da criação em meio a um mundo marcado pela ruptura e pela falta de comunhão.
O sinal do cristão
Cristo tem muitos falsos seguidores que o buscam só por seus milagres. Mas Ele não se deixa enganar, (Jo 6, 64); por isso advertiu: “Aquele que não toma sua cruz e me segue não é digno de mim” (Mt 10, 38).
Objeção: A Bíblia diz: “Maldito o que pende do madeiro...”.
Resposta: Os malditos que merecíamos a cruz por nossos pecados éramos nós, mas Cristo, o Bendito, ao banhar com seu sangue a cruz, converteu-a em caminho de salvação.
Contemplar a cruz com fé nos salva
Jesus disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, para que todo aquele que crer tenha nele vida eterna” (Jo 3, 14-15). Ao ver a serpente, os feridos de veneno mortal ficavam curados. Ao ver o crucificado, o centurião pagão tornou-se crente; João, o apóstolo que presenciou o fato, converteu-se em testemunha. Leia: João 19, 35-37.
Força de Deus
“Com efeito, a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1, 18), como foi para o centurião, que reconheceu o poder de Cristo crucificado. Ele vê a cruz e confessa um trono; vê uma coroa de espinhos e reconhece um rei; vê um homem com os pés e mãos cravados e invoca um salvador. Por isso, o Senhor ressuscitado não apagou de seu corpo as chagas da cruz, mas mostrou-as como sinal de sua vitória. Leia: João 20, 24-29.
Síntese do Evangelho
São Paulo resumia o Evangelho como a pregação da cruz (1Cor 1,17-18). Por isso, o Santo Padre e os grandes missionários pregaram o Evangelho com o crucifixo na mão: “Os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca de sabedoria; nós, porém anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus é escândalo (porque para eles era um símbolo maldito), para os gentios é loucura (porque para eles era sinal de fracasso), mas para aqueles que são chamados, [...] é Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor1, 23-24).
Hoje há muitos católicos que, como os discípulos de Emaús, vão-se da Igreja porque acreditam que a cruz é derrota. Jesus sai ao encontro de todos eles e lhes diz: “Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse na sua glória?” Leia: Lucas 24, 25-26. A cruz é, pois, o caminho à glória, o caminho à luz. Quem rechaça a cruz não segue Jesus. Leia: Mateus 16, 24
Nossa razão, dirá João Paulo II, nunca vai poder esgotar o mistério de amor que a cruz representa, mas a cruz pode dar à razão a resposta última que esta procura. São Paulo coloca, não a sabedoria das palavras, mas a Palavra da Sabedoria como critério, simultaneamente, de verdade e de salvação (JP II,Fides et ratio, 23).

Fonte Acidigital

Você nunca viu uma paixão de Cristo assim!

 Durante os dias 4 a 13 de março foi realizada a 17ª edição da chamada “Semana Santinha” na Colômbia, um tempo de preparação para a Semana Santa, na qual as crianças protagonizaram a vida, paixão, morte e ressurreição de Cristo. 
Nesta celebração realizada em diferentes setores do bairro Llano de Bolívar, localizado no município de Santa Fé de Antioquia, os pequenos usaram roupas coloridas a fim de representar as principais personagens da Semana Santa em procissões diárias – como a devoção de Nossa Senhora das Dores ou o Senhor Caído de Monserrate –, e formam uma banda musical que acompanha com as marchas fúnebres da cidade.
“As crianças representam as imagens vivas e são levadas em um andor por jovens que esperam algum dia participar da Semana Santa. Desta forma, eles representam tudo o que aconteceu na paixão e ressurreição de Cristo”, explicou o Arcebispo de Santa Fé de Antioquia, Dom Orlando Antonio Corrales, em diálogo com o Grupo ACI.
Além disso, o Prelado assegurou que a ‘Semana Santinha’ não é “somente uma mostra”, mas uma verdadeira procissão acompanhada por mais de 200 pessoas entre pais de família, comunidade e autoridades que assistem a cada ano.
Um dos organizadores, Iván Borja, chama esta iniciativa de “catequese viva”, a qual começou “há 17 anos como uma brincadeira de crianças e hoje se converteu em uma tradição para a Santa Fé de Antioquia”.
“Brincávamos com um grupo de amigos que éramos ‘santinhos’. Desde pequenos, pegávamos os lençóis das casas e nos disfarçávamos de pequenos Santos alguns dias antes da Semana Santa. A Igreja viu essa brincadeira de crianças e decidiu nos ajudar a fim de que isto se tornasse um patrimônio da cidade”, acrescentou.

Deste modo, explicou que a preparação acontece durante o ano inteiro, porque as crianças “devem entrar em um processo de capacitação e de catequese onde lhes ensinam o papel que deverão representar, a roupa que vestirão e quem é este personagem que irão representar”.
O organizador assegurou que o fato mais importante de ter começado com esta tradição “é ver o crescimento espiritual de cada uma das pessoas que fazem parte desta iniciativa, a qual busca ensinar às crianças o valor da fé”.
Além disso, ele espera que nos próximos anos esta semana “possa chegar a muitos mais lares como uma forma de catequese e de preparação durante a Quaresma”.
Fonte: Acidigital

Você sabe o verdadeiro sentido das palmas no domingo de Ramos?

No próximo domingo, milhões de católicos ao redor do mundo vão às igrejas para iniciar a celebração daSemana Santa com o Domingo de Ramos, recordando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando foi recebido por seus discípulos e pelo povo com palmas e ramos de oliveira.
Qual é o verdadeiro sentido destas Palmas depois de serem abençoadas?
Logo depois de abençoadas, muitos fiéis costumam colocá-las em algum lugar privilegiado em suas casas e as utilizam como um sacramental, ou seja, como “são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo ossacramentos, se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual” (CIC 1667).
“Entretanto muitas pessoas costumam colocar as Palmas abençoadas atrás da porta como amuletos, são utilizadas com fins curativos ou para manter afastados os espíritos maus ou os ladrões, o que é uma superstição”, adverte o Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME).
Esta crença, segundo esta instituição, é errônea porque “o verdadeiro sentido das Palmas em nosso lar é lembrar que Jesus é nosso rei e que devemos sempre dar-lhes as boas-vindas em nosso lar”.
Quando a Semana Santa termina, sugerem levá-las “à igreja para que seja queimada e possam utilizar suas cinzas precisamente na Quarta-feira de Cinzas, da próxima Quaresma”.
Existem aproximadamente 2600 tipos de Palmas, mas a planta que produz as folhas usadas no Domingo de Ramos somente sobrevive em climas tropicais ou subtropicais.
Antigamente, por razões geográficas, muitas igrejas não as conseguiam. Deste modo, foram substituídas por outra planta local como a oliveira ou a palmeira.
Nos lugares onde não encontram palmas ou estão em perigo de extinção, como é o caso da Colômbia ou do Equador com as “Palmas de cera”, podem ser utilizados ramos de oliveira, abeto ou de outras árvores.
No “Caeremoniale Episcoporum”, livro que contém os ritos e cerimônias latinas da Igreja Católica, sugerem que, nestes casos, pelo menos anexem os ramos de oliveira ou cruzes feitas de palma.
A seguir, uma oração para colocar as palmas abençoadas em casa:
Abençoa, Senhor, nosso lar.
Que seu Filho Jesus e a Virgem Maria reinem nele.
Nos conceda paz, amor e respeito,
para que respeitando-nos e amando-nos
saibamos honrá-los em nossa vida familiar,
Que Jesus seja o Rei do nosso lar.
Amém.

Fonte: Acidigital

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