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"A IGREJA PRECISA DE MULHERES CORAJOSAS" DIZ PAPA FRANCISCO

Como mudar o mundo? Com o serviço e saindo ao encontro de outros como a Virgem Maria fez e como fazem muitas mulheres na Igreja, assinalou o Papa Francisco na Missamatutina na Casa Santa Marta.
O Pontífice dedicou sua reflexão desta terça-feira à Virgem, no dia em que se encerra o mês mariano.
Francisco comentou o Evangelho do dia, que narra a visita de Maria à Santa Isabel, uma liturgia “cheia de alegria” e chega como “um vento novo” que preenche nossas vidas”.
Por isso, não duvidou em alertar contra os cristãos tristes: “É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio... Não são plenamente cristãos. Acreditam que são, mas não o são totalmente”.
“Esta é a mensagem cristã. E nesta atmosfera de alegria que a liturgia nos dá de presente, gostaria de ressaltar apenas duas coisas: primeiro, um comportamento; segundo, um fato. O comportamento é o serviço”.
O Papa destacou como Maria se dirigiu apressadamente para ver Isabel, embora estivesse grávida e ter apenas 16 ou 17 anos. “Era corajosa. Levanta-se e vai”, destacou. 
“Coragem de mulher. As mulheres corajosas que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas mulheres que levam avante a família, essas mulheres que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes.... Corajosas: levantam-se e servem, servem. O serviço é sinal cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver”.
O Papa continuou dizendo que se trata de um “serviço na alegria, esta é a atitude que gostaria de destacar hoje. Há alegria e também serviço. Sempre para servir”.
O segundo ponto sobre o qual o Papa se detém é o encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas mulheres se encontram e se encontram com alegria”, aquele momento é “só festa”.
Se “nós aprendêssemos isso, serviço e ir ao encontro dos outros, como o mundo mudaria”, expressou.
“O encontro é outro sinal cristão. Uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã”.
Francisco destacou que tanto o serviço como o encontro “requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra pessoa”.
“É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa do Senhor, se atua no presente”, concluiu o Papa.
Evangelho comentado pelo Papa:
Evangelho (Lc 1,39-56)
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! ” Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.
Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

Papa Francisco pede libertação de Pe. Tom e de todos sequestrados em zonas de conflito

No final da Oração do Regina Coeli, no domingo, 10, o Papa Francisco renovou seu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito, de maneira especial o Pe. Tom Uzhunnalil, sequestrado em 4 de março pelos terroristas muçulmanos que atacaram o convento das Missionárias da Caridade em Áden (Iêmen).
“Na esperança a nós doada por Cristo ressuscitado, renovo o meu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito armado; em particular desejo recordar o sacerdote salesiano Tom Uzhunnalil, sequestrado em Áden, no Iêmen, no último dia 4 de março”, expressou o Pontífice ante os fiéis presentes na Praça de São Pedro.
Neste dia, os terroristas muçulmanos assassinaram quatro Missionárias da Caridade e outros doze voluntários. Segundo o testemunho da irmã Sally – única sobrevivente e Superiora da comunidade –, ao escutar os gritos do ataque, o Pe. Tom “consumiu todas as hóstias. Não teve tempo de consumir a hóstia que costuma permanecer na custódia, por isso a dissolveu na água”. Um vizinho do albergue, relatou a religiosa, viu os terroristas colocar o sacerdote em seu automóvel.
Desde então, o governo da Índia e autoridades da Igreja estão trabalhando pela libertação do Pe. Tom. Por isso, tanto a Congregação Salesiana como aqueles que intervêm em seu resgate pediram não difundir rumores sobre uma possível execução do sacerdote.
No dia 30 de março, o porta-voz da Inspetoria Salesiana da Índia em Bangalore, Pe. Mathew Valarkot, disse à Agência de Informações Salesiana que as difusões de rumores sem fundamento somente geram preocupação entre os irmãos e parentes do sacerdote.
Recordou que o Vigário Apostólico da Arábia do Sul, Dom Paul Hinder, “que é nossa primeira fonte de informação”, assinalou que possui fortes indicações de que o sacerdote segue vivo “e não há nenhuma razão para crer o contrário”.
Fonte: Acidigital

o pecado não pode frear o amor de Deus

A última Audiência Geral antes daSemana Santa foi dedicada à resposta de Deus ao sofrimento do homem. O Papa Francisco ofereceu uma Catequese na qual assegurou que Cristo libertou todos os homens da escravidão do pecado, um fato que será celebrado na Páscoa.
“O verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz após a escuridão da crise de fé, acontece na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que doa alegria, paz e vida eterna”.
O Santo Padre disse que “o Senhor é fiel, não abandona à desolação”. “Deus ama com um amor sem limites, que tampouco o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e de consolação”.
Este “é o grande anúncio de consolação: Deus não está ausente, nem mesmo hoje, nessas situações dramáticas, Deus está perto, e faz grandes obras de salvação para aqueles que confiam nele”.
“Não se deve ceder ao desespero, mas sim continuar seguros de que o bem vence o mal e que o Senhor secará todas as lágrimas e nos libertará de todos os temores”. 
Francisco comentou o Livro de Jeremias que fala de consolação. “Jeremias dirige-se aos israelitas exilados em terra estrangeira para pré-anunciar o retorno à pátria. Este retorno é um sinal do infinito amor de Deus que não abandona os seus filhos, mas cuida deles e os salva”.
“O exílio foi uma experiência devastadora para Israel. A fé havia vacilado porque em terra estrangeira, sem templo, sem culto, depois de ter visto o país destruído, era difícil continuar a creditar na bondade do Senhor”.
 O Papa falou então da vizinha Albânia e, “como depois de tanta perseguição e destruição, o País conseguiu reerguer-se na dignidade e na fé, assim como também sofreram os israelitas no exílio”.
Francisco alertou que “também nós podemos viver um tipo de exílio quando a solidão, o sofrimento, a morte nos fazem pensar que fomos abandonados por Deus”.
"Quantas vezes ouvimos essa palavra: Deus se esqueceu de mim. Tantas vezes: pessoas que sofrem e que se sentem abandonadas”.
E assim, “quantos de nossos irmãos estão vivendo neste momento uma real e dramática situação de exílio, longes de suas pátrias, com o olhar marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração cheio de medo e a dor da perda dos entes queridos”.
“Nesses casos, alguém pode perguntar: ‘Onde está Deus?’, Como é possível que tanto sofrimento possa acontecer a homens, mulheres, crianças inocentes? Quando buscam entrar em algum lugar, veem como lhes fecham as portas”, disse o Santo Padre em referência aos milhares de refugiados que encontram fechadas as fronteiras de muitos países europeus e que não lhes permitem entrar.
O Papa recordou que “o profeta Jeremias nos dá uma primeira resposta”. “As pessoas exiladas poderão retornar a ver suas terras e experimentar a misericórdia do Senhor”.
Em seguida, Francisco explicou como o povo de Israel retornou à sua terra, que agora se mostra viva e vigorosa. “Israel, de volta à pátria de seu Senhor, assiste a vitória da vida sobre a morte e a bênção sobre a maldição”.
“E assim, o povo é fortalecido e consolado por Deus”, assegurou. “Este é o dom que o Senhor quer fazer também com cada um de nós, com seu perdão que converte e reconcilia”.
Ao final da Audiência Geral, o Santo Padre dirigiu “uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, especialmente aos grupos vindos do Brasil e às diversas comunidades escolares de Portugal”.
“Queridos amigos, desejo-vos que nada e ninguém possa impedir-vos de viver e crescer na amizade de Deus Pai; mas deixai que o seu amor sempre vos regenere como filhos e vos reconcilie com Ele, com vós mesmos e com os irmãos. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos”, concluiu.
Fonte: acidigital

Papa Francisco no Instagram

Monsenhor Dario Edoardo Viganò, Prefeito da Secretaria para as Comunicações do Vaticano, anunciou que a partir do dia 19 de março, festa de São José, será ativada a conta oficial @Franciscus na rede social de fotos e vídeos Instagram.
O anúncio foi feito pelo sacerdote em 14 de março, durante a apresentação de seu livro “Fidelidade mudança – a reviravolta de Francisco contada de perto”, evento organizado pela Fundação Biagio Agnes na Casa do Cinema, em Roma.
Segundo informações da agência italiana SIR, Monsenhor Viganó explicou aos jornalistas: “Francisco segue os grandes ensinamentos da Igreja, mas ao mesmo tempo, mudou muito o seu modo de comunicar o pontificado. Não só simplificando a figura do Pontífice, mas também contando história e parábolas”.
“Basta pensar nas homilias de Santa Marta nas quais entra nos sentimentos das pessoas através do Evangelho. De fato, podemos dizer que é um perfeito narrador de histórias e que representa plenamente uma reviravolta do ponto de vista comunicativo”, acrescentou.
A respeito da reforma que também foi iniciada nos meios de comunicação do Vaticano, o Secretário explicou que através dela procuram compreender melhor “e de forma unitária” quem são os interlocutores.
“Faremos confluir em um único portal os textos, a rádio e os vídeos. Começamos a fazer grupos de trabalho mistos para juntar todas as coisas boas que existem”. Acerca dos tempos da reforma, segundo Monsenhor Viganò poderia ser “daqui aos próximos quatro anos. Este será um ano importante porque vai haver a fusão de TV e Rádio (Centro Radio televisivo Vaticano)”.
“A ideia não é cortar, mas passar aos investimentos e queremos que cada euro gasto tenha tanto a força comunicativa quanto a semente de missão apostólica. Para dar voz ao Papa pela interface simples, mas de ‘sistema complexo’”, concluiu Mons. Viganó.
Fonte: Acidigital

Comemoramos 03 anos de Pontificado do Papa Francisco

No dia 13 de março, comemorou-se os três anos da eleição pontifícia do Papa Francisco. Por este motivo, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, fez uma recordação e reflexão acerca deste breve tempo no qual o Papa fez com que “muitas pessoas compreendam – seja dentro ou ‘fora’ da Igreja – que Deus os ama e não se cansa de perdoá-los”.
Confira a seguir a reflexão do Pe. Lombardi publicada em Famiglia Cristiana:
“Quando escutei o anúncio do Cardeal Tauran em São Pedro fiquei sem palavras. Sabia que o anúncio do nome do novo Papa tinha me emocionado, mas não até esse ponto. Era um jesuíta, meu irmão, mas não o conhecia pessoalmente, além de um brevíssimo encontro alguns dias antes nos corredores da Congregação Geral dos Cardeais antes do Conclave.
Também se em algum momento seu nome esteve entre os que poderiam ser o novo Papa, nunca havia considerado, porque para um jesuíta está fora do previsto uma lista de nomes a bispo ou a cardeal, menos ainda Papa! Depois do anúncio, quem visitava o meu escritório podia perceber que eu estava jubiloso porque o Papa era meu irmão e ficavam surpreendidos pela minha perplexidade. Mas não era feliz nem triste por isso, estava simplesmente surpreso.
O nome, e que nome!
Estava no meu escritório na Sala de Imprensa e na sala de conferências os colegas esperavam meu primeiro comentário. Fiquei sem palavras… depois disse duas coisas que tinha claro e que sentia que devia expressar como grandes novidades: o nome Francisco – escolhido pela primeira vez – e o fato de ser latino-americano.
Escolher um nome que ninguém ainda havia escolhido – e que nome! – demostrava uma liberdade, uma coragem e uma clareza formidáveis. Pobres, cuidado com a criação, paz, como o Papa explicou poucos dias depois. A proveniência do ‘fim do mundo’ levava naturalmente em si uma nova perspectiva, um ponto de vista diferente acerca das situações e perguntas da humanidade e da Igreja no mundo de hoje. Deste modo, parece que não me equivoquei.
Confesso que as outras novidades daquela noite ou dos dias seguintes – vestimenta, maneira de apresentar-se ao povo, viajar de ônibus junto com outros, automóveis compactos… – não me pareciam coisas chocantes: fortes, mas espontâneas. Por meio destas coisas era relativamente fácil reconhecer o irmão jesuíta.
Nos dias seguintes não faltaram novidades e gradualmente também compreendi a personalidade do novo Papa. Por exemplo, em um determinado momento continuava pensando que, tomando maior consciência do novo trabalho e de várias exigências práticas, teria decidido usar novamente o apartamento papal ou pelo menos uma decisão diferente a Santa Marta. Mas não foi assim.
A decisão de mudar não só de lugar, como também o equilíbrio consolidado do sistema organizativo da vidado Papa, das relações com seus colaboradores, foi no princípio a mais firme e clara decisão que tivesse imaginado. Não foi nada fácil aprender a ‘converter-se’ ao seu novo estilo, a sua espontânea liberdade de expressão, aos seus encontros pessoais e suas ligações telefônicas…; mas pouco a pouco compreendemos e apreciamos seus motivos e seu grande valor. Muitas pessoas ‘afastadas’ o compreenderam mais rapidamente que nós que estamos mais ‘perto’.
Santa Marta e as outras novidades
Mas estas novidades foram também de acordo com o estilo da relação pessoal do pastor com os outros, com as pessoas. A novidade da Missamatutina em Santa Marta, com um belo grupo de fiéis, com uma homilia que logo haveríamos aprendido a atender com grande interesse a cada dia e no final de cada eucaristia a saudação pessoal a cada um dos presentes.
A capacidade de envolver os participantes do Ângelus ou das celebrações, interpelando-os diretamente e convidando-os a responder ou a rezar juntos… A liberdade do gesto e suas expressões tocavam imediatamente, mas em profundidade, o coração das pessoas. Neste sentido, uma das primeiras experiências importantes que fez pessoalmente foi durante a Missa da Ceia do Senhor, a primeira Quinta-feira Santa, na prisão de menores da Casa del Marmo.
Segundo o uso litúrgico habitual, o lava-pés somente era praticado com rapazes jovens. Então, entreguei ao Papa uma mensagem discreta sobre o mal-estar dos jovens e do capelão, e a resposta foi praticamente imediata. Como todos sabemos também lavou os pés de meninas e muçulmanos, como já havia feito em Buenos Aires…
Pessoalmente e como sacerdote, o aspecto que mais me chamou a atenção do novo pontificado foi o fato de que o Papa Francisco chegou e em pouco tempo soube levar muitas pessoas a compreender – seja dentro ou ‘fora’ da Igreja – que “Deus os ama e não se cansa de perdoá-los”. Disse e repetiu muitas vezes desde os primeiros dias de seu pontificado.
Todos sofremos muito a imagem de uma Igreja séria e severa, mais do ‘não’ que do ‘sim’, elevada sobre preceitos prevalentemente negativos e fora do tempo. Sabíamos bem que esta era uma imagem injusta, completamente diversa daquela que procurávamos dizer e testemunhar; mas o clima cultural dominante andava naquele sentido e nós não conseguíamos mudá-lo.
Sinodalidade: caminhar juntos
Acho que o Papa Francisco conseguiu de um modo muito eficaz e isto me alegrou profundamente. E não foi apenas um aspecto passageiro de seu serviço: o Jubileu da Misericórdia alarga e aprofunda a mensagem do amor, do perdão, da reconciliação: reafirma e o faz passar através de inúmeras portas em todos os ângulos do mundo, e não começou em Roma, mas em Bangui, das periferias ao centro espiritual do mundo…
O Papa Francisco fala de ‘sinodalidade’, vive em primeira pessoa a condição do crente em caminho e coloca a Igreja em caminho, para que sempre saia de si e possa chegar às periferias, a fim de que sejamos ‘discípulos missionários’. Renovou profundamente o método e o espírito das assembleias do Sínodo dos bispos, iniciou uma ‘reforma’ da Cúria romana que ainda não sabemos bem quando terminará… o mais importante é que nos ponha em caminho confiando no Espírito do Senhor, sem querer nós mesmos prefigurar onde e quando devemos chegar.
Francisco é certamente corajoso e confiante, caminha na fé e na esperança. Para viver serenamente e alegremente com ele seu pontificado é necessário participar desta atitude, senão podemos nos sentir turvados ou temerosos, ou inclusive bloqueados e incapazes ao percorrer novos territórios pastorais, sobretudo se nos deparamos com temas complexos e delicados, como por exemplo, a família e as relações ecumênicas…
Cultura do encontro
Uma das palavras do Papa Francisco que me parecem novas e demorei algum tempo para compreender foi a ‘cultura do encontro’. Depois compreendi que, para ele, o encontro concreto entre as pessoas é fundamental. Encontro com Deus, encontro pessoal com Jesus em primeiro lugar, mas também encontro com seus colaboradores, com os líderes religiosos, com os responsáveis pelos povos, ao encontro de cada pessoa em busca de uma palavra de conforto ou proximidade (suas ligações telefônicas! Obviamente uma pequena parcela das milhares de pessoas que gostariam de recebê-las, mas em todo caso é uma mensagem exemplar para todos).
Fiz várias vezes, sempre com a confiança de ser bem compreendido, uma pequena comparação entre o modo no qual Bento e o Papa Francisco me contavam sobre suas conversas com os chefes de estado que lhe visitavam. Bento: a concisa, precisa e excepcionalmente lúcida indicação dos temas tratados. Francisco: as características da pessoa humana e as atitudes do interlocutor. Ambas as aproximações de extraordinária profundidade. No caso do Papa Francisco, o encontro com a pessoa concreta é ressaltado em plena e prioritária evidência.
Certamente os encontros do Papa Francisco são uma das vias fundamentais da presença dinâmica da Igreja também a nível ecumênico, inter-religioso e internacional. Basta pensar nos múltiplos encontros do Papa com o Patriarca ecumênico Bartolomeu, no recente encontro com o Patriarca de Moscou Kirill, ou a nova linha de relações ecumênicas com o mundo evangélico pentecostal representado, por exemplo, pelo seu amigo pastor Traettino di Caserta, ou a anunciada participação na celebração dos 500 anos da Reforma em Lund (Suécia). A conhecida amizade com o rabino Abraham Skorka e o muçulmano Omar Abboud e o triplo abraço diante do Muro das Lamentações: um sinal novo e forte!
A nível internacional, a aclamada aproximação entre Cuba e Estados Unidos foi certamente propiciada pelo carisma de Francisco e seu impulso na direção da reconciliação entre os povos.
O evidente e várias vezes afirmado desejo de alcançar o encontro também com a China enfim poderá tornar-se realidade? Certamente Francisco não esconde o fato de que empurra para esta direção. Acredita na força do encontro antes mesmo das mesas de negociação. Assim serve pessoalmente ao diálogo e a paz.
Uma referência para todos
No terceiro ano do seu pontificado, o Papa Francisco viajou a todos os continentes, menos Oceania (Ásia, Europa, África, América Latina e Caribe, América setentrional) respondendo às expectativas dos povos, mas sempre disposto e atento aos seus gestos e palavras. Já havia falado ao Parlamento europeu, em 2015 falou com os movimentos populares assim como ao Congresso americano, e às Nações Unidas em Nova Iorque e em Nairóbi.
Publicou uma encíclica, a Laudato si’, a qual interceptou com amplitude de horizontes e equilíbrio as grandes perguntas cruciais da humanidade e do cuidado da ‘casa comum’, destacando sua crítica radical da ‘cultura do descarte’ em um contexto de responsabilidade e reflexão global, atenta à ciência, à razão humana, à visão religiosa da pessoa humana e do mundo.
A autoridade do Papa Francisco adquiriu uma dimensão verdadeiramente ‘global’, respeitada universalmente e capaz de oferecer um verdadeiro serviço de orientação à humanidade em caminho.
Durante estes três anos aconteceram muitas coisas. Um caminho que continua na escuta do Espírito, mais do que em projetos e estratégias humanas. Não nos esqueçamos, portanto, de rezar pelo Papa Francisco, como ele nos pede a cada dia”.
Fonte: Acidigital

O Numero de Católicos aumentaram mais que a população Mundial

O número de católicos aumentou com um ritmo mais rápido que o resto da população, segundo as estatísticas reveladas recentemente pela Santa Sé.
O Vaticano divulgou no último sábado que em breve estarão à venda o Anuário Pontifício 2016 e o Annuarium Statisticum Ecclesiae 2014, redigidos pelo Escritório Central de Estatísticas da Igreja que revelam, entre outras coisas, que entre 2005 e 2014 o número de católicos a nível mundial aumentou em 17,8 por cento (de 1.115 milhões a 1.272 milhões), comparado com a população mundial que aumentou em 17,3 por cento.
Segundo os dados, durante estes nove anos, os católicos cresceram em 41 por cento na África, enquanto sua população cresceu 23,8 por cento. Na Ásia, os católicos cresceram em 20 por cento, enquanto o número de habitantes só aumentou 9,6 por cento.
Na América, o aumento de fiéis foi de 11,7 por cento, frente aos 9,6 de crescimento demográfico.
Um cenário diferente é visto na Europa, onde os católicos cresceram apenas em 2 por cento, uma percentagem “ligeiramente superior ao crescimento da população”. Na Oceania, os católicos cresceram menos que a população: 15,9 por cento frente aos 18,2 por cento.
Segundo a Santa Sé, para 2014, a América reúne a maior percentagem de católicos com quase 48 por cento. Em seguida, aparece a Europa com 22,6 por cento, África com 17 por cento, Ásia com 10,9 e Oceania com 0,8.
Bispos e sacerdotes
As estatísticas indicam que entre 2005 e 2014 os bispos aumentaram 8,2 por cento, passando de 4.841 a 5.237. O maior crescimento aconteceu na Ásia, com 14,3 por cento, África com 12,9 por cento; enquanto a América registrou um aumento de 6,9 por cento, Europa 5,4 e Oceania com 4 por cento.
Durante estes nove anos, aconteceram 9.381 ordenações sacerdotais diocesanas e religiosas, passando de 406.411 a 415.792 presbíteros no total. O maior aumento ocorreu na África com 32,6 e na Ásia com 27,1 por cento. Mas na Europa e na Oceania os sacerdotes diminuíram de 8 e 1,7 por cento, respectivamente.
Aumentam diáconos e diminuem religiosos
Segundo a Santa Sé, os diáconos permanentes passaram de 33.000 em 2005 para 44.566 em 2014. Isto significa um aumento de 33,5 por cento. A grande maioria está presente na América do Norte e na Europa (97,5 por cento), mas sua presença é mínima na África e na Ásia (1,7 por cento).
Mas, registraram uma pequena redução dos religiosos professos não sacerdotes. Em 2005 eram 54.708, enquanto em 2014 a cifra era de 54.559.
No caso das religiosas professas, seu número diminuiu em 10,2 por cento durante estes nove anos. Em 2014 eram 682.729. Entretanto, enquanto na Europa e na América diminuíram em 70,8 e 63,5 por cento; na África e na Ásia aumentaram em 27,8 e 35,3 por cento, respectivamente.
Seminaristas
No caso dos seminaristas, aumentaram de 114.439 em 2005 para 116.939 em 2014. Entretanto, o Vaticano esclareceu que em 2011 os seminaristas eram 120.616. Indicou que a diminuição destes últimos três anos afetou “todos os continentes com exceção da África, onde os seminaristas aumentaram em 3,8 por cento”.
Segundo as estatísticas, se for analisado o período 2005-2014, “observa-se diferenças territoriais evidentes”.
“África, Ásia e Oceania mostram grandes dinâmicas evolutivas, com um ritmo de crescimento de 21%, 14% e 7,2%, respectivamente, enquanto a Europa registra uma redução de 17,5% e América, sobretudo pela tendência negativa na região meridional, manifesta uma diminuição de 7,9%”.
Fonte: Acidigital

somos como a mulher adúltera diante de Deus, Ele nos salva e quer nossa conversão diz o Papa Francisco

O Papa Francisco comentou o Evangelho deste domingo, durante a Oração do Ângelus na manhã de hoje, relatou o episódio da mulher adúltera, evidenciando o tema da misericórdia de Deus que nunca quer a morte do pecador, mas que se converta e viva" .
"Ele é a graça que salva do pecado e da morte", sublinhou. "Deus não nos prega ao nosso pecado, não nos identifica com o mal que cometemos. Ele quer nos libertar e quer que também nós queiramos junto com Ele. Quer que a nossa liberdade se converta do mal para o bem, e isso é possível com a sua graça", disse o Pontífice na Praça de São Pedro.
Francisco explicou que "Na verdade, eles não foram ao Mestre para pedir-lhe o seu parecer, mas para fazer-lhe uma armadilha. De fato, se Jesus seguir a severidade da lei, aprovando a lapidação da mulher, perderá a sua fama de mansidão e bondade que tanto fascina o povo; se ao invés for misericordioso, irá contra a lei que Ele mesmo disse não querer abolir, mas cumprir.”
Jesus não responde, se cala e realiza um gesto misterioso: ‘Inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo’. Desta maneira, "convida todos à calma, a não agir de impulso e procurar a justiça de Deus".
Mas aqueles, maus,  "insistem e esperam dele uma resposta", recordou o Papa. Então, Jesus levanta o olhar e diz: ‘Quem de vocês não tiver pecado, atire-lhe a primeira pedra’.”
“Esta resposta abala os acusadores, desarma todos no verdadeiro sentido da palavra: Todos depuseram as armas, ou seja, as pedras prontas para serem lançadas, tanto aquelas visíveis contra a mulher, quanto as pedras escondidas contra Jesus".
“Quanto bem nos fará ser conscientes de que também nós somos pecadores! Quando falamos mal dos outros e todas essas coisas que nós conhecemos! Quanto bem nos fará ter a coragem de fazer cair no chão as pedras que lançamos contra os outros e pensar um pouco em nossos pecados”, acrescentou.
Finalmente, "permaneceram ali a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, uma diante da outra. Quantas vezes isso nos acontece, quando nos detemos diante do confessionário"
O olhar de Jesus " é cheio de misericórdia, cheio de amor para fazer aquela pessoa sentir, talvez pela primeira vez, que tem uma dignidade, que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa, que pode mudar de vida, pode sair daquelas escravidões e caminhar em uma estrada nova".
Em seguida, o Papa Francisco disse: “aquela mulher representa todos nós que somos pecadores, ou seja, adúlteros diante de Deus, traidores de sua fidelidade" e "a sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação através de Jesus".

Fonte: Acidigital

24 horas para o Senhor começa hoje!

Na próxima sexta-feira, 4, por ocasião da jornada “24 horas para o Senhor”, o Papa Francisco presidirá na Basílica de São Pedro o rito da Reconciliação e confessará um grupo de fiéis, informou a Santa Sé.
“Na sexta-feira, 4 de março de 2016, às 17h, na Basílica Vaticana, o Santo Padre presidirá o Rito da Reconciliação de vários penitentes com a confissão e absolvição individual”, assinalou a Sala de Imprensa na última terça-feira.
A jornada de oração e confissões “24 horas para o Senhor” é uma iniciativa do Santo Padre a ser realizada pelo terceiro ano consecutivo e que nesta ocasião está marcada pelo Jubileu da Misericórdia. Assim como nas outras duas edições, dioceses do mundo inteiro se somarão a esta iniciativa e convidam os fiéis a aproximar-se do Sacramento da Reconciliação.
Segundo o programa publicado na página do Jubileu da Misericórdia, a celebração penitencial de abertura com o Papa Francisco irá acontecer nesta sexta-feira às 17h. Em seguida, às 21h, começarão as confissões e a Adoração Eucarística nas seguintes Igrejas entre as de Roma: Nossa Senhora do Sagrado Coração (Piazza Navona), Santa Maria em Trastevere e a Igreja dos Sagrados Estigmas de São Francisco (Largo Argentina).
O Vaticano informou que “as Igrejas permanecerão abertas, com a presença de sacerdotes disponíveis para as confissões, até o horário da noite”.
A celebração final de agradecimento a ser realizada no sábado, 5 de março, na Igreja do Santo Espírito, em Sassia, será presidida por Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e responsável pela organização do Jubileu da Misericórdia.

Fonte: acidigital

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