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Líbano: explosões no centro de Beirute, 100 mortos e 4.000 feridos

A capital do Líbano, Beirute, foi sacudida na tarde desta terça-feira (04/08) por duas violentas explosões área do porto da cidade, que provocaram pelos menos 100 mortos e cerca de 4 mil feridos. Pânico nas ruas de Beirute, com a destruição de edifícios.

As explosões, que também foram sentidas em Chipre a mais de 200 quilômetros de distância, provocaram pelo menos 100 mortos e 4.000 feridos. O balanço, ainda provisório, foi fornecido pela Cruz Vermelha Libanesa. As equipes de resgate estão trabalhando para remover os corpos dos escombros. O Ministro da Saúde libanês pediu a todos os médicos e pessoal sanitário que fossem aos hospitais da capital para ajudar os feridos. A embaixada dos Estados Unidos em Beirute solicitou aos que se encontram na área de explosão que "fiquem dentro de casa e usem máscaras, se disponíveis", pois há relatos de gases tóxicos. A Cruz Vermelha Libanesa relatou um grande número de pessoas sepultas sob os escombros e presas em suas casas. Centenas de edifícios foram danificados, incluindo o Palácio Baabda, a residência do Presidente e várias embaixadas, como as da Rússia e do Cazaquistão. O cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, escreveu no twitter: Nossa Senhora de Harissa, Rainha do Líbano, reze pelo povo libanês! Que o Senhor lhes conceda justiça e paz!

Um país em luto


A provocar as explosões que devastaram Beirute foi um incêndio em um depósito no porto onde 2.750 toneladas de nitrato de amônio, apreendidas há vários anos de um navio, estavam armazenadas. Foi o que disse o presidente libanês, Michel Aoun, citado pela BBC após uma reunião de emergência do Conselho Superior de Defesa. Mas as causas não estão totalmente claras. Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, não descarta outras possibilidades. "Os líderes militares dos EUA", disse ele, "acham que a explosão em Beirute foi um ataque, uma bomba de algum tipo". Israel e o Hezbollah excluem qualquer envolvimento nas explosões. O presidente israelense, Reuven Rivlin, declarou que Israel compartilha "a dor do povo libanês e oferece sinceramente sua ajuda neste momento difícil". As deflagrações abalaram o porto de Beirute enquanto o Líbano atravessa uma das mais graves crises econômicas e financeiras dos últimos anos. O veredicto do Tribunal de Haia sobre o assassinato do ex-Primeiro Ministro libanês Rafiq Hariri é esperado para esta sexta-feira. O dia 5 de agosto, disse o primeiro-ministro libanês Hassan Diab, é um dia de luto nacional. "Lanço um apelo urgente a todos os países irmãos que amam o Líbano", disse o primeiro-ministro Diab, "a estar ao seu lado e nos ajudar a curar nossas feridas profundas".



Fonte: Vatican News



O Papa Francisco convida a rezar pelo Líbano neste momento trágico e doloroso


No final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco fez um apelo em prol do Líbano, após as explosões perpetradas, nesta terça-feira (04/08), na região portuária de Beirute, capital do país, que causaram pelo menos cem mortos e quatro mil feridos. Este balanço, ainda provisório, foi fornecido pela Cruz Vermelha Libanesa.






Assista o Vídeo:



Eis as palavras do Papa Francisco:

Ontem, em Beirute, na área portuária, fortes explosões causaram dezenas de mortos e milhares de feridos, além de muitas destruições graves. Rezemos pelas vítimas e suas famílias; e rezemos pelo Líbano, para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais, políticos e religiosos, possa enfrentar este momento trágico e doloroso e, com a ajuda da Comunidade internacional, superar a grave crise que está atravessando.

A atenção de Francisco pelo Líbano

Em várias ocasiões, o Papa voltou seu pensamento para o Líbano que luta com uma difícil crise econômica e social, agravada pela pandemia da Covid-19. Em maio passado, enviou 200 mil dólares para a Nunciatura Apostólica em Harissa a fim de apoiar 400 bolsas de estudo no país do Oriente Médio, afligido por “uma grave crise que está gerando sofrimento, pobreza e corre o risco de 'roubar a esperança' especialmente das jovens gerações, que veem difícil o seu presente e incerto o seu futuro”. O Papa, lê-se na nota de maio passado, “com paternal solicitude” continuou nos últimos meses acompanhando a situação no amado Líbano, definido por São João Paulo II como “País Mensagem”, lugar onde Bento XVI promulgou a Exortação pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente, e desde sempre exemplo de convivência e  fraternidade que o Documento para a Fraternidade Humana ofereceu ao mundo inteiro”.


Fonte: VaticanNews

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