Religiosa resgatou o Santíssimo de terremoto no Equador e sobreviveu

Uma das Siervas del Hogar de la Madre se salvou de morrer no terremoto do Equador porque, ao sentir o sismo, correu para resgatar o Santíssimo Sacramento na capela de sua comunidade.
Estela Morales é espanhola e tem 40 anos. É a superiora da comunidade das Siervas del Hogar de la Madre na localidade equatoriana de Playa Prieta a 200 quilômetros de Guayaquil.
No dia do terremoto, ela e outras 10 religiosas ficaram soterradas sob os escombros da comunidade, localizada no segundo andar do colégio que administram.
Quando as outras comunidades na Espanha, Itália e Estados Unidos souberam desta situação, começaram a rezar ante o Santíssimo continuamente.
Os vizinhos resgataram a irmã irlandesa Thérese Ryan e logo ouviram entre os escombros a voz da Irmã Estela, que sofreu uma fratura no pé, contusões e alguns ferimentos.
“Ao sentir o impacto do tremor, a Irmã Estela saiu correndo para a capela a fim de resgatar o Santíssimo Sacramento”, relata a página das religiosas.
“Quando já tinha o Senhor nas suas mãos, tudo desabou ao seu redor, caiu até o andar inferior. Ela pensou em resgatar o Senhor antes que a sua própria vida e o Senhor a resgatou, estamos seguras disto”, prossegue o relato.
Os voluntários, indica o texto, “escutavam também Irmã Merly, Guadalupe e Mercedes. Foi muito difícil chegar até elas. Elas se animavam entre si rezando e cantando ao Senhor, sobretudo quando se sentiam sufocadas pela falta de oxigênio”.
Caiu um muro em cima da cabeça da Irmã Merly Alcybar, causando-lhe uma forte contusão, enquanto Guadalupe e Mercedes sofreram golpes leves.
No terremoto faleceram a Irmã Clare Crockett, irlandesa de 33 anos, as candidatas equatorianas Jazmina, Mayra, María Augusta e Valeria, assim como a residente Catalina de apenas 21 anos.
As Siervas informaram que seu fundador, o sacerdote espanhol Rafael Alonso Reymundo, viajará ao Equador com outros membros da comunidade para presidir os funerais.
O Pe. José Xavier Martins, pároco de Nossa Senhora de Loreto em Guayaquil, explicou ao Grupo ACI que as Siervas trabalhavam há 8 anos na escola e estavam preparando o início do ano escolar. Tinham mais de 500 alunos.
“Todas elas, além do trabalho no colégio, realizavam diariamente um importante trabalho humanitário e de evangelização, que se tinham multiplicado nos dias precedentes ao sismo, por causa das fortes inundações que haviam já devastado a região, deixando inúmeros famílias em uma situação de total desproteção”, indica a página das religiosas.
O terremoto do sábado, 16 de abril, causou a morte de aproximadamente 350 pessoas, 2.527 feridos e graves danos materiais, conforme anunciou a Secretaria de Gestão de Riscos. Foi o maior sismo registrado no Equador desde 1979.

Fonte: acidigital

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