Brasil, Peru, México e Argentina estão entre os países mais pró-vida e que mais rechaçam o aborto em todo mundo, segundo uma recente pesquisa realizada pela empresa IPSOS.
A IPSOS consultou os habitantes de 23 países para saber se eram a favor de que “o aborto seja permitido quando a mulher quisesse ter um filho só”. No Brasil, apenas 16 por cento dos pesquisados eram a favor do aborto irrestrito.
A pesquisa indicou ainda que somente apenas 11 por cento dos peruanos expressaram seu apoio às políticas abortistas. No México, a percentagem de aprovação é de apenas 25 por cento, enquanto na Argentina a percentagem é de 26 por cento.
De acordo com a pesquisa IPSOS, a Suécia, onde recentemente propuseram a legalização do incesto e da necrofilia, é o país mais favorável ao aborto, com 84 por de votos.
Entre os dez países mais favoráveis às políticas anti-vida estão: França, Reino Unido, Canadá e Itália.
Os Estados Unidos ocupam o 13º lugar entre as nações pró-abortistas no ranking da empresa IPSOS.
Consultado acerca do majoritário rechaço ao aborto no Peru, o diretor do Population Research Institute para a América Latina, Carlos Polo, destacou que “é indubitável que a Marcha pela Vida é o fator fundamental para estes resultados”.
No ano passado, a Marcha pela Vida em Lima (Peru) reuniu mais de meio milhão de pessoas em defesa da vida da concepção até o seu fim natural.
“E não é somente um evento de Lima”, precisou Polo em declarações ao Grupo ACI, pois “esta festa popular de amor pela vida é celebrada em todo o Peru, reunindo quase um milhão de pessoas na rua”.
“Nem o mais entusiasta abortista pode negar esta realidade”, sublinhou.
A Marcha pela Vida deste ano vai acontecer no dia 12 de março e será replicada no mesmo dia e algumas semanas seguintes nas diversas regiões do Peru.
Para Martín Patrito, presidente da plataforma ‘ArgentinosAlerta’, “é lógico que o aborto tenha uma aceitação muito pequena” em seu país, pois “a Argentina real” é “a de uma verdadeira revolução solidária na qual milhões de argentinos voluntariamente e em silêncio colaboram para que seus compatriotas possam viver dignamente”.
Segundo Patrito, “o debate pelo aborto não é algo que as pessoas pedem, não é genuíno, mas imposto por minorias ideologizadas nucleadas principalmente nos partidos de esquerda”.
Os cidadãos argentinos vivem maiores preocupações “pelos problemas de insegurança, do narcotráfico, da inflação e do desemprego”, acrescentou.
Entretanto, os números poderiam ser ainda maiores em defesa da vida, se não fosse pelo forte viés pró-aborto da IPSOS, criticaram líderes pró-vida mexicanos.
Para Juan Dabdoub Giacomán, presidente do Conselho Mexicano da Família (ConFamilia), na pesquisa da empresa IPSOS “pareceria que estão tentando impor à sociedade um critério onde a ‘realidade’ é superior à verdade”.
Enquanto a IPSOS conclui que 73 por cento de seus entrevistados em 23 países estão a favor da legalização do aborto irrestrito, “essa é uma forma trapaceira de interpretar os dados; pois na verdade, diz que apenas 45 por cento está de acordo que o aborto seja permitido. Outros 45 por cento dizem não estar de acordo absolutamente ou somente em caso de violação ou se a vida da mãe estiver em risco. E os 10 por cento restantes não quiseram responder à pergunta”.
“De 73 por cento a 45 por cento há uma grande diferença”, sublinhou.
Por sua parte, Ángel Soubervielle, coordenador geral da plataforma ‘Pasos por la Vida’, assegurou que a realidade do México é ainda mais pró-vida do que a divulgada pela IPSOS, e indicou que esta pesquisa não corresponde à realidade desse país.
“No México, o aborto somente está permitido na Cidade do México e somente pode ser realizado até a 12ª semana de gestação, ou seja, a partir da 12ª semana este é um delito”, precisou e acrescentou que “18 dos 32 Estados que conformam o México protegem a vida desde sua concepção”.
Além disso, Soubervielle se referiu a recentes tentativas de legalizar o aborto nos estados mexicanos de Guerrero e Morelos, onde a maioria rechaça esta prática.
O coordenador geral da plataforma ‘Pasos por la Vida’ acrescentou que no dia 23 de abril deste ano “sairemos novamente pelas ruas da Cidade do México a fim de dizer aos ativistas internacionais, políticos e ao mundo inteiro que o México defende a vida, com nossa quinta Marcha pela Vida”.
Carlos Polo também manifestou sua crítica em relação à frequência com a qual apresentam pesquisas tendenciosas a fim de promover o aborto.
“Estamos cansados de tantas pesquisas cujas perguntas são induzidas e aparecem precisamente quando os grupos abortistas estão em plena campanha política para despenalizar o aborto”, assegurou.
“Tomara que estas pesquisas passem a ser feitas com seriedade e profissionalismo, pois deste modo refletiriam a realidade”, acrescentou.
Fonte: Acidigital
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